domingo, 20 de julho de 2025

PERDER NÃO É O FIM.

“Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor o deu, o Senhor o tomou. Bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:21)

Estas palavras não são apenas um desabafo de dor. São o eco de um coração despedaçado que, mesmo assim, ainda reconhece a soberania de Deus. Jó perdeu tudo: filhos, saúde, bens. E quando tudo se desfez ao seu redor, ele não encontrou consolo nos porquês, mas na confiança de que Deus continua sendo Deus, mesmo quando a vida deixa de fazer sentido.

É assim que a saudade profunda se apresenta. Um vazio que fala alto no silêncio da ausência. A lembrança de uma voz que já não ouvimos, o toque que não sentimos mais, os passos que não voltam. Saudade de quem partiu, de quem fez parte da nossa história e agora vive apenas nas memórias.

Mas a Bíblia também nos mostra que perder não é o fim.

Quando Davi perdeu seu filho, ele chorou, jejuou, se prostrou. Mas, depois da morte, ele se levantou, comeu e voltou a viver. E declarou:

“Eu irei a ele, porém ele não voltará para mim.” (2 Samuel 12:23)

Essa é uma das verdades mais dolorosas da vida: há perdas que são irreversíveis, pelo menos neste mundo. Mas a fé nos ensina a olhar para além da dor. A vida que parte nas mãos de Deus não se perde; apenas muda de endereço. E a nossa que continua aqui, segue com propósito.

As perdas materiais nos abalam. As perdas pessoais nos quebram. Mas Deus é especialista em juntar os cacos e recomeçar histórias.

“Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de dançar.” (Eclesiastes 3:4)

Há tempo para a lágrima… mas também há tempo para enxugar os olhos.

Há tempo para sentir a dor… mas também tempo para continuar. Recomeçar não é esquecer. É honrar quem partiu vivendo com mais amor, mais fé e mais entrega. É deixar que a saudade se transforme em memória viva e motivação para seguir.

“O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado.” (Salmos 34:18)

Saudade é a prova de que o amor foi real. E o recomeço é a prova de que a graça de Deus é maior que qualquer fim.

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