sexta-feira, 22 de abril de 2022

Poesia?

Os anos, os ventos, as estações, vão e vem, levam e trazem consigo, o que de melhor e pior tem, e com eles, tudo o que pode nos acontecer...

Quem dera soubéssemos todos os nossos anos ou não! 

Quem dera pudéssemos suportar o riso e o choro sem parar!

Ah se pudesses correr, voar, brincar sem se cansar, enfadar, então iria, será que voltarias?

Essa vida tão efêmera, que nos lega um final nem sempre desejado, mas por todo o sempre será desfrutado, não sabendo se na alegria ou na dor! 

Ah se pudéssemos bater, e todas as portas se nos abrissem!

Sem choro, sem dor, sem lagrima, a vida não se constrói, mas sem riso, sem alegria, sem consolo, ela se destrói!


No peito um aperto; 

No riso, um disfarce;

Na lagrima, uma prece;

No canto, um desabafo;

Ah se pudéssemos correr, voar, brincar, sem se cansar, enfadar, então voaria e voltaria!


Onde está o brilho dos olhos?

Onde está o sorriso no rosto?


Como está abatido o coração, que de tão alegre inundava a face remida do perdido que se encantava e se encontrava no teu lindo, acalentador e apaziguador olhar!


Onde estão os pássaros, a cantar?

Onde estão as arvores, a frutificar?


O lavrador, já não sente mais o gosto da terra, ela não dá fruto em sua estação devida, pois sem ele, nada prospera!

Um som ao longe, um canto, um sussurro, címbalos sonoros a ecoar, tudo é enfado, entretecido, não se entendem, não se estendem, não se encantam, não se encontram!

Os anos, os ventos, as estações, vão e vem, levam e trazem consigo, o que de melhor e pior tem, e com eles, tudo o que poderia, poderá ou deva acontecer...