terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL

A palavra NATAL tem origem no latim e significa nascimento, mas você sabia que o natal é a festividade mais celebrada no Brasil? Nosso país tem a segunda maior população cristã do mundo. Entretanto, a maioria não sabe o verdadeiro significado desta data.

Embora não se saiba exatamente a data do nascimento de Jesus, nosso Senhor e Salvador, no dia 25 de dezembro, é comemorado nos quatros cantos do mundo como sendo esse o dia do nascimento de nosso Jesus Cristo, Deus, Senhor e Salvador!

Há muitas pessoas que entendem o natal somente como uma data para comprar, dar e receber presentes, outros que por puro desconhecimento do vendeiro significado dessa data, ignoram e condenam quem comemora o natal, e usam de argumentos que infelizmente não são coerentes a luz da Bíblia Sagrada, a justificativa mais citada é que “A Bíblia não nos manda celebrar o nascimento de Cristo”, mas vejamos o que a Bíblia nos mostra quanto esse momento.

Antes de tudo, quero dizer que, é verdade, que a Bíblia não nos manda, ou melhor não ordena, ou ainda não apresenta durante o ministério terreno de nosso Jesus um só momento de celebração do nascimento de Jesus, mas a Bíblia mostra em várias passagens, a comemoração desse dia, e vejamos que os anjos comemoraram o nascimento de Jesus:

E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! (Lucas 2:9-14)

Percebeu que não foi somente o anjo que comemorou o nascimento, mas os exércitos celestiais! E pergunto, se os exércitos dos céus comemoraram, nós não comemoraremos?

Quando lemos o Antigo Testamento, encontramos muitas referências, profecias relacionadas ao nascimento do Salvador, o Ungido, o Messias, essas profecias alegravam o coração dos servos fieis que aguardavam ansiosamente por esse dia, tanto é que, quando Jesus foi apresentado no templo, Simeão, homem justo, temente a Deus, cheio do Espirito Santo e que esperava a consolação de Israel, o tomou nos braços e louvou a Deus pelo menino, o Rei dos reis, que havia nascido (Lucas 2: 22-32)!

Os céus comemoraram (Lucas 2:9-14), os pastores comemoram (Lucas 2:20), muitas pessoas que ouviram se maravilharam (Lucas 2:18), e você o que sente por esse momento mais sublime da história da humanidade?

Vemos por esses textos que a comemoração do nascimento de Jesus é incentivada pelo Novo Testamento. Irmãos, não se enganem, o nascimento de Jesus é algo real, a comemoração é clara nas sagradas escrituras, não foi inventada por povos pagãos que viveram antes de Cristo nem instituída pela Igreja; o que a igreja fez foi determinar uma data para essa celebração.

Enfim, qual é o verdadeiro significado do Natal?

O verdadeiro significado do Natal é celebrar a encarnação do Verbo de Deus, que habitou entre os homens para revelar a sua glória, "como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.14), é imitir sua vida santa, justa e piedosa, glorificar a Deus pela sua fidelidade, pois se Jesus não tivesse nascido, não teríamos o conhecimento do glorioso plano salvífico de Deus e estaríamos todos perdidos.

Porque um filho nasceu — (Jesus!) Nasceu para o nosso bem! O Filho Unigênito do Pai, nos foi dado de presente! Ele vai assumir o governo do mundo. Seu nome é: Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe de Bênção Plena. A autoridade de seu governo vai se expandir, e não haverá limites para a restauração que ele irá promover. Ele governará com base no trono histórico de Davi, no reino prometido. O reino será estabelecido firmemente e se manterá. Por meio de justiça e vida íntegra; começa agora e durará para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos de Anjos fará tudo isso.

Jesus nasceu, aleluia, por isso, Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!

domingo, 29 de novembro de 2020

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A morte é uma tragédia, para muitos é o fim, para outros o começo, uma passagem, um caminho sem volta, sem fim e para todos, ela é o “rei dos horrores”, mas Jesus é o Rei dos reis e venceu a morte com sua morte; sendo Ele Rei dos reis, por um momento, esteve no império da morte, mas ela, a morte, não teve o poder, assim como ninguém tem o poder, de deter o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Atos 2:24).

Por um momento, três dias, tudo o que fora dito por Jesus quando em seu ministério terreno, sumiu da mente dos discípulos, todas as boas palavras, ações, milagres, sinais, maravilhas desvaneceram e como o mesmo Jesus disse, esse momento causaria dor, tristeza e perplexidade!

Um pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis, porquanto vou para o Pai. Então, alguns dos seus discípulos disseram uns para os outros: Que é isto que nos diz: Um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis; e: Porquanto vou para o Pai? Diziam, pois: Que quer dizer isto: um pouco? Não sabemos o que diz. Conheceu, pois, Jesus que o queriam interrogar e disse-lhes: Indagais entre vós acerca disto que disse: um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis? Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará”. (João 16:16-20, 22).

A ressureição de Cristo é um marco da nossa fé, Paulo deixa isso bem claro aos crentes da Igreja que estava em Corinto, “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. (1 Coríntios 15:14), logo, não acreditar na ressureição de Cristo é prontamente negar a eficácia da fé para a salvação, como bem disse o apostolo Paulo aos crentes da Igreja que estava em Roma, a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”. (Romanos 10:9), assim sendo a ressurreição não pode de maneira alguma sair dos nossos púlpitos, das ministrações, da mente e nem do coração de cada servo de Deus!

Podemos dividir o ministério de Cristo em diversas partes, teólogos e eruditos vivem listando sistematicamente cada passo do Salvador em seu ministério terreno, mas quero aqui trazer o trecho final do ministério terreno de Cristo Jesus, de forma devocional trazer a memória a importância, as evidencias Bíblicas e o poder da ressurreição.

A IMPORTANCIA DA RESSURREIÇÃO

Sem a ressurreição, a Igreja não estaria de pé, sem a ressurreição toda pregação é vã, sem a ressurreição o Cristianismo é uma farsa, ele não existiria, sem a ressurreição a Bíblia é um livro comum, qualquer, mas ELE RESSUSCITOU! Glorias a Deus!

Porque Jesus ressuscitou, a sepultura não é nosso último endereço;

Porque Jesus ressuscitou, andamos para os céus;

Porque Jesus ressuscitou, com Ele reinaremos;

Porque Jesus ressuscitou, Ele é a garantia de nossa eterna salvação;

Porque Jesus ressuscitou, em todas as coisas somos mais que vencedores;

Porque Jesus ressuscitou, há recompensa para nosso trabalho;

Porque Jesus ressuscitou, jamais estremos sós;

Porque Jesus ressuscitou, não desanimamos;

Porque Jesus ressuscitou, não desfalecemos;

Porque Jesus ressuscitou, não desistimos;

Porque Jesus ressuscitou, não somos vencidos;

Porque Jesus ressuscitou, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus;

Porque Jesus ressuscitou, nos gloriamos nas tribulações;

Porque Jesus ressuscitou, nossa esperança é viva;

Porque Jesus ressuscitou, nossa fé é fundamentada e eficaz;

Porque Jesus ressuscitou, nossa pregação é poderosa;

Porque Jesus ressuscitou, nosso testemunho é valido;

Porque Jesus ressuscitou, nossos frutos são dignos de arrependimento;

Porque Jesus ressuscitou, nossos pecados foram perdoados;

Porque Jesus ressuscitou, o Espirito testifica em nosso coração que somos filhos de Deus;

Porque Jesus ressuscitou, o evangelismo é eficaz;

Porque Jesus ressuscitou, o homem não tem a última palavra;

Porque Jesus ressuscitou, o pecado não tem mais domínio sob os que vivem pelo Espirito;

Porque Jesus ressuscitou, o seu poder se aperfeiçoa em nossa fraqueza;

Porque Jesus ressuscitou, oramos com fé e somos respondidos;

Porque Jesus ressuscitou, os mártires e missionários não morreram em vão;

Porque Jesus ressuscitou, os que ficarmos vivos, quando da sua vinda, seremos arrebatados e transformados;

Porque Jesus ressuscitou, os que morreram por amor a Ele, ressuscitarão;

Porque Jesus ressuscitou, temos ousadia para falar do seu amor;

Porque Jesus ressuscitou, temos paz e comunhão com Deus;

Porque Jesus ressuscitou, temos um advogado junto ao Pai;

Porque Jesus ressuscitou, todas as coisas cooperam para o nosso bem;

Porque Jesus ressuscitou, vivemos para a gloria dEle;

Porque Jesus ressuscitou, o tumulo permanece vazio, pois escrito lá está: “Não está aqui, porque já ressuscitou!

Glorias a Deus!

AS EVIDENCIAS BIBLICAS DA RESSURREIÇÃO

Nem o nascimento, ministério, morte e ressurreição de Cristo foram um acidente ou surpresa, um ato do acaso, pois tanto no Antigo Testamento, como no Novo Testamento, a ressurreição de Cristo foi anunciada, no AT Davi inspirado escreveu “Porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição. Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita”. (Salmos 16:10,11), enquanto em vida, o próprio Jesus notificara os discípulos varias vezes, mas eles pareciam não “acreditar” no que Jesus lhes falava no tocante a essa condição de morrer e ressuscitar.

No período ministerial de Jesus com os discípulos, existiam várias ramificações do Judaísmo, uns acreditavam na ressurreição e outros a negavam, quando da morte e ressurreição de Jesus estes grupos se uniram para negar, não somente a morte, mas também e principalmente a ressurreição de Jesus, mas porquê? Incredulidade? Tradição? A cultura da época era influenciada pelo pensamento filosófico grego, que acreditava na imortalidade da alma, mas negava veementemente a ressurreição do corpo! Mas não era somente por isso, como disse acima, sem a ressurreição de Jesus, um fato que Ele por diversas vezes falou em público, tudo o que Ele era, fez ou disse que aconteceria, cairiam em descredito, veja o que fizeram esses religiosos fizeram antes da ressurreição:

E, no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias, ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia; não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra”. (Mateus 27:62-66)

E o que fizeram após a ressurreição:

E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, ordenando: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram. E, se isso chegar a ser ouvido pelo governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado esse dito entre os judeus, até ao dia de hoje. E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado”. (Mateus 28:11-16)

A tentativa ardilosa de negar a ressurreição de Jesus naufragou nas muitas evidencias da aparição de Jesus aos olhos dos discípulos, Paulo faz um resumo destas muitas aparições:

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo”. (1 Coríntios 15:3-8).

Não importa a negação dos religiosos da época, nem a incredulidade do homem natural, Jesus ressuscitou e somos frutos dessa vitória!

O PODER DA RESSURREIÇÃO

A ressurreição de Cristo é um fato teológico, sociológico, histórico! É exatamente depois de sua ressurreição que os discípulos inflamaram os corações e saíram destemidos, fortes e revestidos de poder, sem temer a morte, aos açoites, a espada, anunciando o Cristo, O Filho do Deus Vivo e essa é a primeira mensagem pregada por Pedro, no dia de pentecostes:

Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela. Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja comovido; por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; e ainda a minha carne há de repousar em esperança. Pois não deixarás a minha alma no Hades, nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Fizeste-me conhecidos os caminhos da vida; com a tua face me encherás de júbilo. Varões irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas”. (Atos 2:14, 22-41)

Há inúmeros outros relatos no NT que provam a eficácia do poder do Evangelho (Romanos 1:16), mas é inegável que isso só foi possível pela ressurreição; não podemos deixar de dizer que a ressurreição é ponto crucial tanto na construção do Evangelho como na propagação do mesmo! Analisemos o poder da ressurreição da perspectiva de Lucas ao citar com exclusividade a história de dois discípulos (dissidentes? Frustrados? Desesperados? Desmotivados?) no caminho de Emaús:

E eis que, no mesmo dia, iam dois deles para uma aldeia que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem. E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome era Cleopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém, não o viram. E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o e lho deu. Abriram-se-lhes, então, os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes. E disseram um para o outro: Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém e acharam congregados os onze e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles foi conhecido no partir do pão”. (Lucas 24:13-35).

A singularidade desse relato é também de sublime revelação para a construção do nosso pensamento que “sem a ressurreição de Jesus, nada teria sentido”; não teria sentido a Santa Ceia, nem o batismo, nem a comunhão, nem as orações, nada, sem a ressurreição não existiria razão para nossa fé.

O texto de Lucas, mostra-nos dois discípulos, antes da “revelação da ressurreição” aos seus entendimentos, eles saiam de Jerusalém e conforme versículo 16, eles estavam sem reconhecer Jesus, na versão da linguagem de hoje, diz que “alguma coisa não deixou que eles o reconhecessem” o que impedia os discípulos de enxergarem Jesus ao seu lado?

O que impedia os discípulos de compreenderem a grandeza da presença de Jesus?

Teria Jesus estado ao lado deles de forma corpórea diferente do que era antes da crucificação? Não! Veja o texto: “o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles“.

Teria o corpo de Cristo se regenerado após o flagelo e agonia da cruz? Não! Veja o texto: “Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (João 20:27).

O que impedia os discípulos de enxergara Jesus ao seu lado é que eles não tinham os olhos fixos em Jesus, “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hebreus 12:2), a fé deles ou melhor a expectativa deles está claramente distorcida: “nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram”, nossos olhos se fecham para as coisas do Espirito quando voltamos os olhos para as coisas temporais, Jesus havia lhes ensinado que: “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36).

Vendo, Jesus, que eles não compreenderam todos os ensinamentos e advertências quando com eles, mais uma vez usou as palavras que lhes já antes lhes tinha anunciado “...começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras...”; a falta de fé nas promessas de Deus, nos desvia do Caminho, mas a graças de Deus, que é Jesus, sempre nos busca, nós pecadores; a fé que lhes faltavam na promessa da ressurreição, foi afundada no mar do descontentamento, no mar da decepção, da frustação, no medo do poder do império romano que acabara de crucificar a Jesus; a tristeza que inundava o coração desiludido e cego, que fora predito por Jesus em João 16 (citado na introdução) estava sendo consumida aos poucos pelo ardor da Palavra que de Jesus eles ouviam “Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras?“.

É nesse texto que a ressurreição, mostra toda sua importância, seu poder, exemplificando o que precisamos para continuarmos no Caminho, primeiro, a presença de Jesus “o mesmo Jesus se aproximou e ia com eles”, segundo, a Palavra de Jesus “E ele lhes disse... explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”, terceiro, a comunhão com Jesus “E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o e lho deu”.

A presença de Jesus não lhes abriu os olhos, as palavras de Jesus não lhes abriram os olhos, mas a comunhão, obra de Jesus fez isso, “E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o e lho deu. Abriram-se-lhes, então, os olhos, e o conheceram” temos aqui uma verdade, os sentidos podem nos enganar, mas o exemplo jamais passara despercebido!

Ao perceberem a magnificência da experiência real que tiverem, impactados pela ressurreição de Jesus, pasme, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém”, mas não era “...tarde, e já declinou o dia?” Sim, era tarde! Sim, eles já tinham andado 11 quilômetros de distância de Jerusalém! Sim, mas agora eles não estavam mais tristes, cansados, desmotivados, e porquê? Porque aconteceu que entenderam a urgência da obra de Deus, e quando isso entendemos, nada deixamos para amanhã, o tempo é hoje!

Ao retornarem eles encontram “congregados os onze e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor e já apareceu a Simão”. Você consegue perceber a riqueza do texto de Lucas? Os onze escolhidos apóstolos, estavam em Jerusalém, as mulheres no sepulcro já tinham visto Jesus, Pedro também, entre eles a notícia era, JESUS ESTÁ VIVO, mas eles não sabiam, continuavam em seu caminho, cabisbaixos e pensativos, errantes, distanciando-se da congregação, mas Jesus os buscou, não mandou um anjo, nem lhes deu uma revelação no caminho como a Paulo, “o mesmo Jesus” apareceu a eles, e lhes trouxe de volta a congregação!

Glorias a Deus!

Pelo Poder da ressurreição, escolherem Matias para o lugar de Judas (Atos 1:22), os discípulos foram batizados com o Espirito Santo e Pedro discursou convertendo aproximadamente 3 mil almas em (Atos 2), fez Pedro e João orar e curar o paralitico (Atos 3), Pedro e João testemunhar firmemente perante o sinédrio (Atos 4), os discípulos repartirem seus bens para que ninguém tivesse dificuldades (Atos 4:32-37), Instituíram os diáconos (Atos 6), Estevão não se calar e ser martirizado (Atos 7), Filipe levar o Evangelho a Samaria (Atos 8), pelo poder da ressurreição, Paulo se converteu no caminho de Damasco (Atos 9) e todos os demais atos descritos no livro de Atos, são resultados do poder da Ressurreição!

Por mais que tentem, a RESSURREIÇÃO DE JESUS é algo real, é o gás, o combustível dessa chama que arde desde o pentecoste, que incendeia mortais, indoutos e iletrados a inundar o mundo com a Palavra de Deus, no poder do Evangelho!

Jesus morreu pela sua obra e ressuscitou para sua obra; permaneçamos firmes, pois se morrermos com Ele, também com Ele reinaremos. JESUS VIVE, pois da sepultura saiu, e para o céu Ele voltou, subiu triunfante! Ressuscitou! Ressurgiu, venceu a morte e o seu “poder” e recebido nós céus, agora sentado adestra de Deus Pai continua intercedendo por nós!

Concluímos com as palavras de Paulo:

Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés”. (1 Coríntios 15:11-25)

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

QUANDO A JUSTIÇA É FEITA

Sempre me preocupei com o real significado das palavras, embora seja limitado para conseguir o significado de algumas palavras, mas muitos têm um entendimento, se certo ou não, todos tem o seu particular significado para cada palavra.

Um dia vi uma ilustração que me ensinou o real significado de justiça, e isso me deixou muito feliz, pois minha concepção a cerca dessa palavra, justiça, estava errada e não é bom está errado, mas é maravilhoso está certo.

Dentre tantas definições de justiça, muitas facilmente encontradas no Google, uma me chama atenção, pois define justiça como “o reconhecimento do mérito de alguém ou de algo”, além dessa, a Wikipédia define justiça como “o conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas...”, é fato, há de ser encontrar inúmeras outras definições para essa palavra, mas com base nesses dois pensamentos, o que quero dizer?

Quero uso fazer de uma frase atribuída ao político, filósofo e escritor francês Montesquieu, “A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos”, logo, surge dentre a vastidão de perguntas do assunto mais comentado do momento, foi de fato feito justiça para quem no aborto pelo qual submeteram a criança? Que justiça teve o abortado de direito?

Segundo os estudiosos, a gravidez é dividida em três trimestres, no primeiro (cerca de 13 semanas, 91 dias), começa a divisão celular, que transforma o óvulo fecundado em um embrião; no segundo (entre 14-26 semanas), todo o sistema do bebê é concluído e no terceiro, o bebê ganha peso e altura, enquanto o corpo da mãe se prepara para o parto.

Um bebê com cinco meses de gestação, com o corpo totalmente formado e com chances de sobrevivência caso viesse à luz, foi-lhe negado o direito à luz do dia, por aqueles que direito alguém sobre ele tinha! inocentemente excluído o direito à vida, quando somente o Autor da vida, te esse direito!

O Deus Perfeito e Criador não errou ao formar a mulher e lhe permitir gerar outro ser com uma idade tão jovem, mas o imperfeito homem “julgou melhor” que o ser perfeito e eliminou um infante!

Uma prerrogativa divina, dar e tirar a vida “Não veem que só eu sou Deus? Eu tiro e dou a vida...Deuteronômio 32:39, foi absorvida pela criatura; é injusto tirar a vida de quem quer que seja, por qualquer motivo que seja, mas como pedir ou esperar justiça de homens que em seus discursos se desvanecem, tendo coração insensato, acham-se sábios, mas na verdade loucos é o que de fato são, infiéis, irreconciliáveis, sem afeição natural?

Somente Deus sabe o real porque de todas as coisas, e fiquem sabendo que o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança, para sempre.” (Isaías 32:17).

O Justo Juiz está as portas e retribuirá a cada um segundo as suas obras.

TODA VIDA IMPORTA!

quarta-feira, 1 de julho de 2020

A CERTEZA DA PRESENÇA DE DEUS


Quantas mensagens pregadas ou lidas você já ouviu com a famosa frase “...eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28:20)? Acredito que incontáveis vezes! Você sabia que essa promessa de Jesus não é incondicional? Deixa-me te explicar, há promessas incondicionais, exemplificando, com o profeta Joel:

“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne...”
Joel 2:28

É uma promessa/profecia? SIM! Que condição há para que se cumpra? NENHUMA! Veja o cumprimento da mesma:

“Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne...”
Atos 2:16,17

Há inúmeras promessas incondicionais na Bíblia, são promessas que não tem nenhuma condição de exigência por parte de Deus para que recebamos, mas há promessas condicionais, aquelas que Deus exige de nós a condição de recebermos!

Não viva com a falsa ideia de quem, o se “Deus prometeu, Ele vai cumprir”, não tenha dúvidas que Deus é fiel e poderoso para cumprir tudo o que prometeu:

“...porque fiel é o que prometeu”
Hebreus 10:23

“...o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer”
Romanos 4:21

“Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos...”
Tito 1:2

Confiamos que Deus é poderoso para cumprir toda a palavra dita a mim é uma condição fé, o que é natural em um cristão, estamos certíssimos ao dizer que Deus “é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos...” (Efésios 3:20), mas Deus ter poder para fazer e nós termos condições de receber é uma outra coisa!

Não se sinta desmotivado pelo que a princípio pareça como se ouvisse alguém sussurrando dizer: “Você jamais terá condições de receber o que Deus lhe prometeu”, o que na verdade é verdade, pois de nada somos merecedores, “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)...” (Efésios 2:4,5), e se você tem duvidas que é ou não merecedor de tudo o que  Deus fez e faz por nós, leia e reflita nas palavras do patriarca Jacó:

“Então Jacó orou: "Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, ó Senhor que me disseste: ‘Volte para a sua terra e para os seus parentes e eu o farei prosperar’; não sou digno de toda a bondade e lealdade com que trataste o teu servo. Quando atravessei o Jordão eu tinha apenas o meu cajado, mas agora possuo duas caravanas.
Gênesis 32:9,10

Glorias a Deus! Glorias! Glorias! Se Jacó sendo quem foi, teve a humildade de orar e reconhecer o que era diante de Deus, indigno, quem sou eu para dizer o contrário!

Agora reflitamos, será que a promessa de Jesus descrita por Mateus é uma promessa incondicional? Se é incondicional, porque não sinto Jesus todos os dias da minha vida? Então só pode ser condicional, sendo assim, qual é a condição para que se cumpra a promessa de Jesus comigo todos os dias? Antes de responder qual é a condição com a Bíblia, permita-me fazer a distinção de algumas promessas.

Como disse a princípio, há promessas, profecias, que Deus simplesmente prometeu e as cumpriu, e a condição foi simplesmente a sua soberania, todas as promessas acerca de Jesus foram cumpridas cabalmente por Deus sem que existisse uma única condição humana, a promessa do reino perpetuo do chamado “trono de Davi” é também uma outra cumprida por essa soberania, logo podemos afirmar que, quando Deus quer, Deus faz!

Dito isto, por que estamos falando de promessa condicional e incondicional? Porque a presença de Deus é uma condição que depende da condição do homem está presente diante de Deus, e não de Deus está presente diante do homem, haja vista que “...todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. (Hebreus 4:13), em outras palavras, Deus está sempre diante de nós, nós é quem não estamos diante dele sempre!

Então, “qual é a condição para que se cumpra a promessa de Jesus comigo todos os dias?” a Bíblia responde assim:

E aquele que me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
João 8:29

Se não for incomodo, você pode ler e reler e ler novamente o versículo P A U S A D A M E N T E?

Você consegue entender agora como ter Jesus sempre ao seu lado? Você pode ate se perguntar, “então Jesus nunca estará comigo?” não estou afirmando isso, estou mostrando que a Bíblia diz que, Deus, SEMPRE, esteve presente ao lado de Jesus, porque existia uma condição, existia comunhão perene! Sentir sempre a presença é condicional, e a condição é bem clara, como Jesus disse fazer, fazer sempre o que lhe agrada!

Não se entristeça, tanto eu como você somos falhos e limitados, erramos e nos corrigimos, pecamos e nos arrependemos e não continuamos na prática e prazer do pecado, mas não posso dizer-te o contrário, embora o Espirito Santo habite em nós e conosco, manter essa presença constante em nós e conosco, depende de nós!

E o que Jesus fazia sempre que agradava a Deus, para que façamos também? Aí mais uma vez deixemos a Bíblia falar:

“...Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.
Atos 10:38

“...sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
João 13:1

“Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.”
1 João 3:16

Vou parar nesses exemplos, pois como escreveu João, “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!”
João 21:25

A minha oração a Deus é que consigamos estar fazendo o bem, amando a todos ate o fim e nos tornamo-nos uteis a Deus, fazendo a sua vontade e assim “dignos” de realizar sua obra; que Deus nos ajude e que tenhamos a certeza da presença dEle em nós e conosco! Amém!

sábado, 27 de junho de 2020

O MAL DA INTERNET E DAS MÍDIAS SOCIAIS

Dizem que o conhecimento dobra a cada cinco anos, mas me pergunto, daqui a cinco anos, quanto saberemos de nós mesmos?
Quanto de nós mesmos, teremos conosco, sem que outros saibam?
Quanto de nós mesmos os outros saberão, sem que nós saibamos que eles sabem?
Será que as redes sociais de fato são sociais?
Qual a idade ideal para inicio da vida virtual?
Porque em sua grande maioria as pessoas não são elas mesmas no mundo virtual?

Não tenho a pretensão de responder todas essas perguntas, mas quero lembra-lo de alguns princípios básicos de nossa fé, que deve ser exercida na realidade virtual.

Uma pesquisa feita nos reino unido revelou que 1/3 dos divórcios e adultérios, tiveram como causa primeira o Facebook, identificaram que a pedofilia e a pornografia foram maximizada de uma forma assustadora e isso tudo por conta da facilidade de troca de mensagem, vídeos e fotos, facilitando assim a prostituição seja ela infantil ou não; será que ninguém percebe que estamos a beira da falta de privacidade e ninguém se dá conta que estamos caminhando para uma depravação total e plenamente explicita?

Não podemos ignorar o lado bom das redes sociais, da internet, mas falta de limite e de responsabilidade pessoal no uso dessa ferramenta, a internet tem produzindo fama instantânea, destruindo a imagem de pessoas inocentes, descreditando as instituições estabelecidas por Deus, incentivando a prostituição em todos os seus níveis, bem como feito um milagre após outro, com seus astros de fachada, que são pessoas que não sabem nem se expressar direito, mas na internet ela é doutora em letras, em ciências politicas, teólogo, filósofo, poeta, escritor, mas que na verdade não o são!

Atras de um computador ou celular, essas pessoas criaram outra personalidade, identidade, e são um outro ser no mundo virtual, elas defraudam, elas discriminam, elas xingam, humilham e simplesmente não sente o dano que estão fazendo ao próximo; e não são somente pessoas impias, sem Deus e sem o conhecimento da verdade, mas também os que se dizem cristãos! Eles, todos eles, deviam ter em mente que aquilo que não o são na realidade, jamais o serão na virtualidade, elas enganam-se a si mesmo! Encontre-se com um poeta virtual e peça uma poesia ou um posicionamento politico e descubra quem de fato ele/ela é!

Como crente, devemos saber que em toda maneira de viver a Bíblia revela um padrão, que é nada mais nada menos que a santidade e isso na realidade e na virtualidade, não se engane, sua vida virtual, será julgada por Deus assim como sua vida social.

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1:15,16)

Visto que temos uma responsabilidade para com o próximo, que é a edificação como disse Paulo aos Romanos, “Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. (Romanos 15:2) precisamos cuidar que a santidade e a edificação do próximo devem sejam o caminho  para vivermos na vida real e na virtual!

As mídias sociais tem o poder de maximizar o que escrevemos, postamos e gravamos, porque não usarmos isso para o bem de todos e não somente o nosso? Precisamos ter mais responsabilidade no mundo virtual!

Não use de seu direito de resposta para causar dano, lembre-se do principio bíblico “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Provérbios 15:1)”.

Cuidado com as palavras ociosas “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. (Mateus 12:36)”

Cuidado com a linguagem indecente, não condizente com o seu padrão de santidade “Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. (Tito 2:8)”.

Saiba que o que falamos, deve promover a edificação demonstrando santidade “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. (Efésios 4:29)”.

Promova a paz, a alegria, a simplicidade, a justiça, a verdade “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Filipenses 4:8)”.

Porte-se de modo a não escandalizar o evangelho que dizemos não se envergonhar dele “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado; (2 Coríntios 6:3) “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. (1 Coríntios 10:32)”.

São tantos os conselhos bíblicos para nosso viver cotidiano, que não posso deixar de me questionar sobre algumas postagens que lemos, das duas uma, ou desconhecem plenamente a Bíblia (não lendo a mesma, não meditando e nem ouvindo, pois a fé vem pelo ouvir) ou pelo simples fato de fazer, por faze, sem nada a temer!

A responsabilidade é pessoal “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. (Romanos 14:12)”, assim sendo, o mal uso dos meios de comunicação, internet e mídias sociais declarará no ultimo dia que você teve tempo suficiente, mas gastou o mesmo com o que não santificava, edificar e nem promovia a salvação.

Que Deus se apiede da alma dos que vivem de forma irresponsável e desregrada na realidade virtual e na social.

domingo, 21 de junho de 2020

DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS

Você já deve ter escutado “qual foi a placa, o nome da igreja que Jesus deixou?”, “por que tantas igrejas (denominações) diferentes?” ou ainda, “no céu teremos essas separações de denominações como aqui na terra?”

Eu tive a oportunidade de andar em alguns estados brasileiros, em quatro das cinco regiões, em todas, vi a diversidade de nomes de igrejas, algumas conhecidas e outras, além de desconhecidas, inconcebíveis a luz da Bíblia sagrada, na internet se vê aos montes, a vastidão de nomes como “Igreja do Deus pelador” e a “famosa” e “midiática” “bola de neve”, mas deixando de lado a “excentricidade” dos nomes, de que nos serve a diversidade de igrejas?

Deus é um Deus de unidade (João 10:30), comunhão (João 17:5), em todo o texto sagrado Ele sempre se preocupou em estar perto (Mateus 28:20) e essa proximidade tem fundamento, razão, temporalidade e atemporalidade (Joao 8:29), e para nós, cristãos, essa comunhão com Deus se dá de múltiplas formas, mas é na Igreja que a comunhão torna-se visível, palpável, litúrgica, daí a necessidade de templos, igrejas, e assim o foi no Antigo testamento com a TENDA DA CONGREGAÇÃO e os templos construídos em substituição da tenda, e assim o é com os templos/igrejas de nossa época.

Na história humana, Deus vai relacionando-se e revelando-se de forma progressiva, mas paulatina, ao mesmo tempo que se deixa conhecer, não se faz plenamente revelado, textos como Deuteronômio 29:29, Salmos 19:1, 139:6 e Romanos 1:19 explicita e implicitamente mostram esse Deus acessível a nossa capacidade de compreensão (cognoscível), mas também inacessível (incognoscível); no salmo 139:6 isso fica explicito, quando o salmista exclama “o teu conhecimento é profundo demais para mim”, e isso tem tudo a ver com Igreja e denominações.

A Igreja é por definição Bíblica “...a casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. 1 Timóteo 3:15”, e as denominações o que são? As denominações são, entre tantas definições, em essência, “organizações funcionais, baseadas no conhecimento e entendimento das sagradas escrituras, tendo uma particular interpretação das doutrinas bíblicas e sua aplicação”.

Respondendo às perguntas da introdução:

Qual foi a placa, o nome da igreja que Jesus deixou?”,

Vejamos o que a Bíblia diz:

E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. (Atos 11:26)”.

Resposta simples e objetiva, NENHUM NOME, NENHUMA PLACA.

No período bíblico, no que chamamos de igreja primitiva, as igrejas eram chamadas pelo nome do local, como descrito:

 “As igrejas da Ásia vos saúdam” (1 Coríntios 16:19)

...à igreja de Deus que está em Corinto” (2 Coríntios 1:1)

...igreja que está em Cencreia” (Romanos 16:1)

...igreja que está em Esmirna” (Apocalipse 2:8)

...igreja que está em Pérgamo” (Apocalipse 2:12)

“...às igrejas da Galácia” (Gálatas 1:2)

Por que tantas igrejas (denominações) diferentes?

Conforme definimos ser as denominações, “...uma particular interpretação...” essa cultura de denominações surgiu quando da reforma protestante, embora muitos personagens na história do Cristianismo se consideravam não denominacionais e acreditavam que seria desnecessário seguir regras fora da doutrina cristã de origem, após a reforma títulos foram dados aos movimentos reformistas, conforme iam surgindo os ilustres servos e eminentes teólogos da reforma, os nomes, as placas também foram surgindo, tais quais, Igreja Luterana, Igreja Metodista, Igreja Batista e afins; ainda que homens como Lutero e João Calvino tenha declarado o desejo de que não surgisse uma denominação cristã que levasse seu nome, e que queriam simplesmente ser chamado de cristão, seus seguidores não os respeitaram.

Mas, essa evolução nos nomes, denominações, identifico três fases:

Fase 01, a demonização dos cristãos protestantes.

Com a reforma a Igreja Católica Apostólica Romana, até então o único rotulo denominacional, para identificar os dissidentes, hereges, excomungados, os nomeou PROTESTANTES, e daí por diante, não somente a admiração dos ensinamentos de Lutero, Calvino, e mais tarde John Wesley e outros, diversos nomes foram aplicados.

Fase 02, o ensino dos homens, as interpretações teológicas, aqui temos uma pluralidade de denominações, exatamente pelo simples fato da diversidade interpretativa da teologia bíblica, onde por detalhes teológicos, uma linha de raciocínio e aceitação levaram muitos a “gentil discordância” e a segregação congregacional e organizacional.

Embora tenha sido a igreja católica a primeira denominação, e que tenha dado nome ao movimento protestante afim de rotulá-lo e identificá-lo pejorativamente, uma segunda fase de nomes, denominações surgiram aos montes, isso muito pela admiração dos pregadores, mas também para concordância com essas interpretes, ressaltamos que muitos destes homens, publicamente externaram sua discordância com esses rótulos para igreja, Lutero, Calvino e John Wesley assim o fizeram, mas de nada adiantou, e os exemplos mais clássicos são:

Os seguidores de Lutero eram luteranos, dando nome a igreja Luterana; os Wesley nominados wesleyanos formaram a igreja metodista, e por aí vai, a igrejas batistas (membros da igreja de Spurgeon), a Igreja presbiteriana (os de Albert Barnes), a igreja congregacional (os de Henry Ward Beecher)

Estes homens se opuseram ao denominacionalismo,

John Wesley disse, "Eu queria que o nome Metodista nunca fosse mencionado novamente, mas que se perdesse no esquecimento eterno".

Charles Spurgeon, cujos sermões foram rotulados com o nome "Batista", disse: "Digo do nome "batista": ainda que pareça, mais do que o próprio nome de Cristo dure para sempre. Estou ansioso para o dia em que não haja mais vida 'batista'".

Henry Ward Beecher, expressou sua recusa em chamar de "congregacionais" outros cristãos quando disse: "Deixe-me falar com você na língua do céu e chamá-los de "cristão".

Albert Barnes, cujos sermões foram rotulados com o título de "presbiterianismo" escreveu: “essas divisões devem ser reunidas sob o santo nome "cristão””.

Muitos outros se opuseram declarando explicitamente que, no céu, o titulo lá é “santo”, “cristão”, “crente”!

Fase 03, a mais dolorosa, vexatória e ingrata fase para nosso sofrível movimento denominacional, o que nascera de forma pejorativa (fase 1) e passou pela interpretativa, dessassociativa (fase 2), chaga ao período das dissidências egocêntricas, por meios de “homens (?” que por não concordarem com o pastor, ministério, o costume tal, com a lentidão na adaptabilidade da igreja ao seu tempo (a chamada modernidade), ou se ofenderam e sentiram o seu ego machucado por irmão tal, ou palavra tal, ou por falta de liberdade e autonomia, ou mesmo por insubmissão e insubordinação a liderança eclesiástica, saem das denominações que nasceram, cresceram, se tornaram “maduros”, e que nelas galgaram os espaços, abandonam sua congregação local, e ao abandonarem, eles formam igrejas, com o pretexto da evangelização, da modernização de otimização dos usos e costumes, no que chamam de ressignificar princípios, criticam os antigos lideres e a denominação que os tornou os obreiros que são, enlaçando os indoutos e neófitos com promessas tais, que ferem não somente a interpretação particular da denominação anterior, como principalmente as sagradas escrituras.

Por ego, temos hoje uma infinidade de denominações, com nomes que, não são somente “títulos”, “rótulos”, “marca, mas pensamentos “filosóficos”, não teologais, que de tão criativo, não listaremos, mas uma rápida pesquisa na internet lhe dará bons motivos para rir ou irar-se.

Por fim, temos também o cristianismo não denominacional que em poucas palavras, é o movimento que visa levar eliminar as denominações, alegando que “a prática da fé cristã por uma ou mais pessoas, não carece ser rotulada com o nome de qualquer denominação cristã específica, tendo como um dos seus principais objetivos a vida espiritual e a fé cristã puramente centrada em Cristo, essencialmente, com base nos ensinamentos de Jesus Cristo.

Esse movimento desvaloriza as denominações, que tem o seu valor, não podemos de forma alguma negar que todas as denominações, os membros, não são de fato Igreja do Senhor, mas também não podemos afirmar que todas elas e seus membros são Igreja; logo eliminar as denominações ou desvalorizar ou ainda desacreditar as mesmas é um erro e deve-se se ter muita cautela.

As denominações assim como as Igrejas do período primitivo, tem cada uma suas particularidades, certo é, que Jesus o dono da Igreja deu muitas coisas a Igreja, mas a Igreja Ele não deu a ninguém, por tanto, vigiemos, busquemos de Deus o lugar onde há benção e paz, onde Cristo nos mostra afeição, busquemos o lugar onde a Palavra de Deus é ensinada, provada e praticada, onde o Espirito Santa habite, se revele, onde a santidade é exigida, onde a doutrina é regra de fé e pratica e onde a inegociável salvação gera bons costumes, onde os frutos são abundantes e dignos de arrependimento, onde Cristo e somente Cristo é glorificado e onde o pastor e as ovelhas sabem o seu lugar.

O tempo e as experiencias vão moldar o homem, mas somente em Deus o homem vivido e experiente encontra o seu devido lugar, não deixemos a nossa congregação, como é costume de alguns, e os que saem, saem porque não eram de nós, se fosse teriam permanecido e permanecendo, seja fiel, humilde e manso, doador, servil e assim, cresça, floresça, frutifique, ame a Deus, sirva a Igreja e honre o pastor e o ministério local, e Deus nos concederá a eternidade ao lado dele como recompensa.

Gustavo Clemente

 

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal

http://www.mentesbereanas.info/reflexoessobrecristianismo.html

https://www.christianpost.com/news/why-all-christians-are-actually-non-denominational-72136/

David C. Cook (2001), "God's Little Lessons for Leaders", Honor Books, Aug 1, pág 213

Knowles, Victor (2006), "Together in Christ: More Than a Dream", College Press, Mar 1, pág 83.


sábado, 20 de junho de 2020

FÉ E RAZÃO

Você já ouviu dizer que a fé tem uma razão que a própria razão desconhece?

Eu confesso ter ficado maravilhado com a frase, mas depois de refletir sobre a mesma, pareceu-me que, o autor, tentara colocar a fé contra a razão, o que não se sustém, pois razão e fé andam de mãos dadas.

Sem dúvida é a fé a fonte da vida e é a razão a base dessa fé vivificante.

Através da razão, a fé cresce moldando e formando a realidade. 

A razão dá sustentação e fundamentação a prática da fé.

Enfim, nada como a razão, faz nosso coração incendiar-se pela fé e, nada mais racional do que ter fé, para com razão agradar a Deus.

LIBERDADE

Ninguém é completamente livre, infelizmente ou felizmente, quer queiramos ou não, que saibamos ou não, estamos “presos”, “agarrados”, a algo ou a alguém, a liberdade, humanamente falando, jamais estará desassociada da liberdade espiritual, embora sejamos livres para fazer escolhas, a liberdade sempre estará cativa, inevitavelmente, a Deus, de forma consciente, optativa e agradecida ou ao diabo de forma inconsciente (alguns conscientes), inconsequente e impositiva e punitiva.

Das verdades implícitas no texto de Mateus (6:24) ”Ninguém pode servir a dois senhores...” descobrimos que, “ou se está com um ou com outro”, “você nunca estará sem lado”, “ou és a favor ou contra”, enfim, a liberdade é na verdade “estar (preso) por vontade e liberalidade a algo ou alguém que, por conhecimento dos motivos plenos ou não, nos faz sentirmos-nos libertos de tudo aquilo que nos subjuga, nos fere e limita nossa atuação, dando-nos autonomia, independência”.

Parece contraditório, mas não é, embora uma das definições para liberdade seja “a condição daquilo ou daquele que não está  submetido por força constrangedora, seja ela física ou moral” bem como “a condição daquele que está solto, sem empecilho algum”, quer aceitemos ou não, estando ou não consciente, a liberdade que “gozamos” sempre estará ligada a alguma forma de nos submeter a algo ou alguém.

O Evangelho nos chama à liberdade, liberdade essa que pensamos ter na condição de “homem natural” e que muitos ignoram na condição de “homem espiritual”, mas como supracitado, no “homem natural”, a condição de liberto é na verdade uma condição de “cativo a escravidão do pecado” e isso, em sua maioria, por desconhecer (nunca salvo) e outros por ignorar (apóstata) o real motivo de sua condição espiritual (2 Pe. 2: 17-22), mas há solução para essa condição de escravidão, a solução é Cristo (Mt. 11: 28-30).

No “homem espiritual”, a condição de liberto é na verdade uma condição de “cativo a Deus”, mas nesse estado, está o homem de forma espontânea, agradecida e consciente (Rm. 7:25)”.

Soa contraditório sermos livres e cativos ao mesmo tempo, mas é exatamente como é, o “homem natural” é cativo, pensando ser livre, mas na verdade, a verdadeira liberdade é, está cativo em Cristo e com Cristo, assim o “homem espiritual” é de fato livre, por está cativo em Cristo.

Não há liberdade fora de Cristo, por mais que se sinta livre, o “homem natural”, está preso, uns inconscientemente, outros conscientemente no pecado, onde se permitem tudo fazer, mas que condenam-se a si mesmos com sua “liberdade”; já o “homem espiritual”, liberto do pecado, tendo sepultado o “homem carnal”, age conforme a “Lei perfeita da liberdade” (Tg 1:25) que conquistamos em Cristo (Gl. 2:4) e por assim estar, não usa dessa liberdade para dar ocasião aos desejos que iludem, os desejos da carne (Gl. 5:13), antes, ciente que por essa mesma liberdade será julgado (Tg. 2:12) ele deve proceder de forma que não permita que sua liberdade em Cristo seja julgada pela consciência alheia (1Co. 10:29).

Tenhamos esperança, busquemos mais a Deus, pois “o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade ‭‭(2Co.‬ ‭3:17‬)” logo, só há um caminho para a liberdade, e o Caminho é Cristo.

No final de tudo, o “homem natural” alcançará a liberdade quando buscar a verdade, pois como disse Jesus, “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo.‬ ‭8:32‬), logo o máximo de liberdade que o “homem natural”, por mais que deseje ter, é escolher de quem quer ser servo, pois só haverá liberdade em sua vida, se a mesmo for produzida pela verdade que é Cristo, e, liberdade não é um fim, mas uma consequência da inegociável salvação que nos concede o Senhor e Salvador Jesus Cristo!

terça-feira, 5 de maio de 2020

NÃO DESANIME

Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena. 
[Provérbios 24:10] 

Em um segundo tudo pode mudar, estou escrevendo esse texto, sem lembrar de 100% do que vivi, e nem saber 100% do que virá ate que termine o mesmo, isso é assim com todos, mas não com Deus! 

O medo é um combustível perigoso, uns ao senti-lo agigantam-se, outros apequena-se, logo, pergunto-te, como se sentes nesse momento de desventura mundial? Talvez você não esteja nem aí para o momento do mundo, mas como se sentes com o seu momento, com o seu mundo particular? 

Alguns perdem o foco em momentos assim, outros se desesperam, choram, lamentam, murmuram, atribuem a Deus todo a infelicidade que agora, momentaneamente, o abraça; o fato é que não podemos perder o foco em Deus, pois precisamos dele para termos sabedoria e bom senso para lidarmos com o dia da angustia! 

No salmo 20, o salmista registra um pedido sublime, “O Senhor te ouça no dia da ANGUSTIA”, no salmo 46, outro salmista exclama, “Deus é... socorro bem presente na ANGUSTIA”, consegues entender o que diz o sábio Salomão com o princípio lá em cima? 

Permita-me, o dia da adversidade, o dia da angustia chega inevitavelmente para todos, a diferença é quem muitos se acovardam nele, perdem a fé (se é que tinham), apavoram-se de tal forma que, ao invés de tributarem a Deus a gloria devida e depositarem nele fé inabalável como fez Jó, eles desvanecem, borram-se de medo e se vão da presença daquele que somente é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos e pensamos! 

O dia da angustia pode ser muitas coisas, pode ser a perda de um parente querido, a doença sem cura diagnosticada, a declaração depreciativa de alguém a seu respeito, o desemprego, o escarnio público, a indiferença dos “irmãos”, a traição de um próximo querido ou qualquer outra coisa que venha a nos decepcionar, mas não deixe que essas decepções lhe pare, lhe tire o foco, não desista, a derrota assim como a vitória está nas suas mãos, ou melhor na sua fé! 

Não desanime! Fica firme! Deus está controlando tudo da melhor maneira possível, Ele não dorme, não pisca, não se cansa, não cochila, Ele não nos perde de vista, não se esquece de nenhum de nós; mantenha-se fiel, não demostre fraqueza, demostre confiança, pois sem fé, é impossível agradar a Deus! 

segunda-feira, 4 de maio de 2020

A PALAVRA DITA A SEU TEMPO

Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
[Provérbios 25:11]

Ninguém quando criança sabe de fato o que será, outros, já na adolescência demonstram o que será, a inclinação natural mostra isso, tive amigos que desde a infância se interessavam por mecânica, viviam concertando tudo o que estava quebrado, outros demonstravam uma habilidade quanto ao uso das palavras, nesse ponto, posso dizer que fui influenciado por um amigo, ele falava bem, ela muito engajado e eloquente, essa influencia me levou a gostar de ler, escrever e falar!

Por natureza sempre falei demais, falava pelos cotovelos, e meus filhos hoje seguem o mesmo ritmo, eles gostam de falar, e como crianças que são, falam demais, mas isso é reflexo do que sou, eles aprenderam de mim.

Como disse, sempre gostei de falar, e falava o que não sabia, falava o que não devia e falava desnecessariamente, até hoje falo muito, mas acredito que hoje sou menos falastrão, e com certeza, quando não sei o que falar, calo-me!

Aprendi a duras penas o calar, sabia do conselho bíblico que Salomão escreveu “quem muito fala, muito erra; os sábio aprende a ficar calado” (Provérbios 10:19), mas o ignorava-o dado minha inoportuna vontade de aparecer, e um dia eu ouvir, alguém sussurrar, “ele fala muito e fala besteira demais, fala desnecessariamente”, não sei definir como foi ouvir aqui, alguns diria que fora como uma facada, mas como, graças a Deus, nunca fui esfaqueado, e espero que não o seja, confesso, feriu-me!

O que fiz, com o que fizeram comigo? Fui orar! Aprendi que, quando não consigo lidar com uma situação inesperada, a oração é o primeiro meio de solução, depois a ação; orei e disse:

- Deus, Senhor meu, tu me fizeste como sou, capacitaste-me com o dom da fala, e porque ouço criticas quando falo, sei que muitos são calados, mas se todo forem calados, como haverá dialogo, eu falo muito, mas foi assim que o Senhor me fez!

Assim, orei, assim chorei... levantei-me da oração e dias depois, Deus respondeu a oração:

- Eu o fiz assim, para falar, mas não o fiz para falar o tempo todo e nem para falar o que não convém, aprenda a usar o dom que lhe dei, falando o necessário, quando necessário.

Como disse, a dor do sussurro que ouvi, se contrapôs a exortação que recebi de Deus, hoje, continuo falando, mas na luta constante de não ser mais o falastrão que fui, aprendi que, somente adquirindo conhecimento poderia falar do que de fato sei, aprendi que, amadurecendo conseguiria falar no tempo certo e com sabedoria eu consigo dizer, falar, escrever e fazer o certo no tempo certo, da maneira certa.

Assim, aprendemos e continuemos a ter a palavra certa, mas no tempo certo.

terça-feira, 7 de abril de 2020

EVANGELIZAÇÃO, A FERRAMENTA DE PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO

Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. 
(Mc. 16:15) 

“O crente que não evangeliza, precisa urgentemente ser evangelizado.”

INTRODUÇÃO

O verdadeiro crente em tudo é luz que brilha, ele deve ter em mente que a salvação que recebeu de Deus, de forma gratuita deve ser propagada da mesma forma, gratuita, pois assim falou Jesus “de graça recebestes, de graça daí. (Mt. 10:8)”. 

“O verdadeiro evangelismo brota espontaneamente de um coração agradecido e regenerado pelo poder do Espírito Santo”. 

Não existe cristão sem missão, assim como não há corpo sem coração; nossa missão na terra é única, “salvar almas” e isso é uma atitude de quem ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 

Infelizmente, em sua grande maioria os cristãos nunca levaram uma única alma a Cristo e aqui cabe uma pergunta: “- Quantas almas foram encaminhadas por ti a Jesus?” 

Billy Graham (evangelista do século 20) disse certa vez que um “O cristão que nunca levou uma alma a Cristo tem uma grande possibilidade de nunca ter nascido de novo”. 

Evangelizar é ter em mente que: “Jesus veio para glorificar o Pai, O Espírito veio para glorificar o Filho; de forma que quem está cheio do Espírito fala do filho”; todo crente cheio do Espírito sente-se impulsionado pela consciência de que muitos caminham para o castigo eterno, e por isto ele precisa evangelizar e quem isso não sente, não o faz! 

Esses que não evangelizam revelam algumas características, que declaram sua “não regeneração” e por consequência, vivem sem o desejo de evangelizar; estes são negligentes indispostos, indiferentes, e quando se preocupa com evangelizar é com o objetivo de defender seu ponto de vista, disputar e no fim do caso, criticar outras denominações. 

PORQUE EVANGELIZAR?

Evangelizar é um ministério e segue-se que temos os padrões e pontos a serem observados; Jesus, nosso modelo teve uma vida de abnegação a evangelização, por este motivo evangelizamos; todo o ministério de Jesus Cristo foi direcionado a esse propósito. É digno de observação que a missão de Jesus Cristo, estava diretamente relacionada com salvar homens, sendo isso observado: 

No seu nascimento: (Mt. 1:21). 
Na sua mensagem: (Mc. 1:14-15). 
Em sua pregação: (Mc. 1:38-39; Lc. 4:43). 
Sua missão: (Jo. 4:34). 

Evangelizamos porque recebemos do Senhor esse missão, as escrituras nos dizem que o ministério de evangelização nos é concedido por Deus: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou à palavra da reconciliação” (2Co. 5:18-19). 

Evangelizamos porque é um mandamento, como já vimos às escrituras nos apresentam uma ordem “IDE, PREGAI” daquele que tem toda autoridade no céu e terra. Não podemos ignorar que estamos debaixo de um mandamento divino, mas devemos lembrar que a obediência é uma das evidências da verdadeira salvação (1Jo. 2:3; Jo. 14:21-24) sendo a maior virtude de um servo. Observe a abrangência dessa ordem: devemos pregar o evangelho “a toda criatura” (Mc. 16:15), de todas as aldeias, vilarejos (Mt. 9:35), etnias (Mt. 28:19), em todo o mundo (Mc. 16:15), pois Deus quer alcançar homens de toda raça, tribo e nação (Ap. 5:9). Nessa tarefa, todos, devemos participar: Essa é nossa missão. 

Evangelizamos porque é uma obrigação de todo o salvo, Paulo quando fala sobre a evangelização diz: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co. 9:16). Todo crente é devedor da mensagem do evangelho a todos os homens (Rm. 1:14) e sobre nós repousa essa responsabilidade que não foi concedida aos anjos (1Pe. 1:12). É por isso que Paulo nos diz: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus (…) prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não” (2Tm. 4:1-2). 

Evangelizamos porque é um privilégio para todos os salvos, nesse serviço, todo cristão estabelece essa santa parceria com Deus (1Co. 3:9; Mc. 16:20) para realizar a sua obra e vontade. Em algumas ocasiões Paulo apresenta sua satisfação de ter participado da salvação de algumas pessoas. Em uma de suas cartas ele se refere a elas como sua alegria, coroa e glória diante de Deus (1Ts. 2:19-20), ele chama Tito de verdadeiro filho na fé (Tt. 1:4) e Onésimo de filho que fora gerado em prisão (Fm. 1:10). A evangelização nos habilita (se estivermos em plena parceria com Deus), salvar e arrebatar pessoas do fogo (Jd. 1:22-23). 

Evangelizamos porque é uma responsabilidade exclusiva dos salvos em Cristo Jesus, Nele, fomos feitos povo eleito, sacerdócio real, nação santa e povo de propriedade exclusiva de Deus para anunciarmos as virtudes de Deus, que nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz (IPe. 2:9). Todo aquele que foi alcançado por Cristo deve levar a mensagem de Cristo para que outras pessoas possam se achegar a ele. Note o exemplo da igreja primitiva, que em momento de perseguição, todos os salvos, por onde ia, levavam o evangelho (At. 8:1-4) e que por intermédio do serviço deles muitas igrejas se formaram, a exemplo, a Igreja em Antioquia (At. 11:19-21). 

Evangelizamos porque é uma forma de desmontarmos gratidão, quando consideramos quem éramos, o que Cristo fez por nós e quem nós somos, e que éramos incapazes de resolver nossa situação, e que apenas por Graça Divina poderíamos ser salvos, entendemos que o mínimo que temos para oferecer a Deus é nossas vidas. Em outras palavras, se Cristo deu sua vida por mim, o mínimo que posso fazer por Ele é dedicar minha vida à Sua causa. 

Evangelizamos porque é essa a condição para crescimento da Igreja, as escrituras são claras nesse ponto “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm. 10:14). Sem pregadores não há propagação da mensagem de Cristo. Sem a propagação do evangelho não será possível ao homem achegar-se a Deus, por que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10:17). Quando vemos o desenvolvimento da Igreja primitiva, vemos exatamente esse princípio em ação, até por que “o Senhor acrescentava dia-a-dia os que iam sendo salvos” (At. 2.47; cf. 4:4; 9:31). 

Evangelizamos porque existem almas sedentas e carentes do Evangelho, uma das verdades exposta com clareza nas escrituras é que o homem no estado em que está não pode agradar a Deus (Rm. 8:8; Hb. 11:6), não pode salvar-se (Mt. 19:26) e estará fadado à morte eterna. Contudo, Jesus nos instrui que a olhar para o mundo e ver nele pessoas prontas para receber o evangelho do mesmo modo que aconteceu em Samaria em Seu ministério (Jo. 4). 

Evangelizar é preciso, pois nos foi confiada a tarefa que os anjos intentarem fazer (IPe. 1:12), então porque não fazer? Sermos como Jesus e fazer o que Jesus fez é uma obrigação, fazer como Ele fez é impossível, agora, fazer com Ele e como Ele nos ordena é privilegio! 

QUEM PODE EVANGELIZAR? 

A Resposta é óbvia, EU, VOCÊ, NÓS que fomos salvos! 

Existem os pré-requisitos que devem ser observados! 

Sempre nos habituamos à ideia errada de que evangelizar é tarefa do pastor, dos evangelistas, presbíteros, diáconos e, de um modo particular, daqueles missionários que vão para terras longínquas, mas evangelizar, é papel da Igreja, de todos os salvos em Cristo Jesus! 

Pode acontecer que, ao abrirmos a Bíblia, nos deparemos com esta passagem: "Ide, pois, ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo o que vos tenho dito. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mat.28, 19-20). E ai então, podemos começar a questionar sobre o que isto significa, uma vez que somos membros da Igreja. 

"Ide por todo o mundo!" Sente-se nesta afirmação, não um pedido, mas um mandato com caráter urgente, algo que tem de ser feito, imediatamente. Entende-se como uma ordem de Deus dizendo que a salvação de muitos depende de uns tantos, os enviados, os que terão que dar a conhecer ao mundo a mensagem libertadora; dar a conhecer o "Caminho, a Verdade e a Vida", que é o próprio Cristo. 

Por outro lado, Jesus quer que a sua missão salvadora alcance a todos os homens que ainda não o aceitaram como Salvador e Senhor e quer que os salvos transmitam essa experiência as outros. Nesse sentido, não corresponder a esta ordem é não compreender o que é ser Igreja, o que é partilhar da vida de Cristo. "Sereis meus amigos se fizerdes o que vos digo" (Jo 15,14). Nós, que somos Igreja, não podemos ficar indiferente a esta ordem. 

Evangelizar é, portanto, uma palavra de ordem. Todos são ordenados a evangelizar. Todos são ordenados a anunciar a pessoa de Cristo Jesus. Mas nem todos estão comprometidos a proclamar que Jesus é o Senhor! 

Evangelizar é tornar presente a Igreja de Jesus, em todo o lugar onde haja alguém para ouvir a Verdade. 

Todo aquele que queira responder a este mandamento de Cristo "Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova a toda à humanidade (Mc 16, 15-16), não estará só, porque o próprio Jesus nos disse "E eis que estarei convosco todos os dias, até à consumação dos séculos" (Mt 28,18-20). 

Jesus conhece bem as nossas limitações, as nossas fraquezas, as nossas dúvidas e, é da fraqueza de cada um de nós que Ele se serve para espalhar a Sua Palavra, levar a esperança a toda a criatura. No entanto, ninguém pode evangelizar se não estiver evangelizado. 

Ninguém pode anunciar que Deus é amor se não sentir, em seu coração, esse Amor. Ninguém pode suscitar calor no outro, se não tiver fogo em si mesmo. É o Espírito Santo que nos torna novo para, como homens novos "ir ensinar” todas as nações. 

É este fogo que tem levado a deixarem sua família, casa, conforto, futuro promissor, amigos, para anunciar a Pessoa Bendita de Jesus, Ele, o próprio Evangelho. 

Eis o que o apostolo Paulo fala sobre sua missão de pregar o evangelho: 

“Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos. Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado”. (2 Co. 12:14-15). 

Isto sim é entender a chamada e missão de Deus em nossas vidas e demostrar a todos que amando a Deus a cima de todas as coisas, amamos os nossos semelhantes que não andam em conformidade do evangelho que quer salvar a todo o pecador! 

O evangelista, deve orar sempre! A oração é arma indispensável para o evangelista, orar antes de sair, durante a evangelização e após é fundamental, ore também pela pessoa que está sendo evangelizada, ore por pessoas do seu círculo de amizades, não desista delas. Peça oportunidades a Deus. Esteja preparado para evangelizar. Esteja em comunhão com Deus e seja corajoso! 

O evangelista deve ler bastante! Todos nós precisamos de sabedoria para realizar esta obra, pois essa obra não se realiza e não pode ser “por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR” (Zacarias 4:6); precisamos de sabedoria de Deus e do conhecimento de sua Palavra! Com dedicação a oração e a leitura da palavra, alcançaremos em nos mesmo o sentido real do evangelizar, precisamos nos dedicar, pois Deus não depende de mim nem de você, mas precisa que estejamos dispostos e capazes de levar a sua palavra aos que não a conhecem. 

COMO EVANGELIZAR? 

Podemos evangelizar de diversas formas usando a criatividade, no entanto, a mensagem que devemos passar é a mensagem Bíblica, genuína e pura, que mostra a graça de Deus em enviar Jesus Cristo para a salvação do ser humano (Tt. 2:11). 

Abaixo algumas formas de evangelizar: 

O testemunho pessoal: Vivendo o evangelho verdadeiramente no dia a dia seremos luz na vida das pessoas. Deus usa o nosso exemplo de vida para abençoar vidas. O bom testemunho dos cristãos às vezes fala mais alto para as pessoas do que palavras. Viva o evangelho e sua vida evangelizará as pessoas. Conte às pessoas o que Jesus fez por você. A maioria das pessoas tem curiosidade de saber por que somos diferentes em nossas ações, e é nesse momento que você poderá contar o seu testemunho de conversão, de como Jesus mudou a sua vida. 

Saindo na campanha evangelizadora: A entrega de literaturas é uma forma interessante de dar uma pequena porção da mensagem do evangelho a alguém e, aproveite para aprofundar essa mensagem nesse encontro, leia com o ouvinte a literatura, mostre exemplos do poder de Deus por meio da palavra. Convide-os para o culto, convidar seu amigo para te acompanhar em um culto da igreja também é uma forma de evangelizar. O importante é não ficar forçando, exigindo, cobrando nada das pessoas. Esse contato inicial com Deus precisa ser espontâneo. Jesus era alguém que fazia muitos convites para que as pessoas o seguissem e, mesmo sendo Deus, obteve um “não” de muitas pessoas. Esteja preparado, quem faz a obra na vida da pessoa é Deus, nós somos instrumentos. Nem sempre as pessoas reagem positivamente ao evangelho. 

Cultos públicos (cruzadas e mini cruzadas): Um meio de evangelizar é realizando cultos ao ar livre, envolva-se na obra, há diversidade de cultos e locais que podemos expor a palavra, não perca a oportunidade, mas recomendo-vos: 

  • Seja educado e cortes saudando a todos com a Paz do Senhor! 
  • Evite discutir, jamais ataque a religião, esqueça Maria, os Santos, fale de Jesus; 
  • Seja objetivo, simples, humilde e firme; 
  • Não conte histórias, piadas nem ditos populares, fale a Bíblia. 
A QUEM E ONDE EVAGELIZAR

Depois de tomarmos consciência que éramos por natureza filhos da ira (Efésios 2:1-17) temos que começar a andar por fé e não por vista! Sendo Jesus evangelizador por excelência (Efésios 2:17) ele nos deu o exemplo (Jo 13:15) e este exemplo nos mostra que evangelizar abrange todas as classes sociais que conseguirmos alcança. Jesus, Paulo, Felipe, Pedro e todos os outros apóstolos evangelizavam aonde quer que eles andassem, eis os exemplos abaixo: 

Jesus: 

EVANGELIZOU junto ao POÇO de Jacó a MULHER SAMARITANA: (Jo. 4). 
EVANGELIZOU na CASA à ZAQUEU o PUBLICANO: (Lc. 19). 
EVANGELIZOU à noite a NICODEMOS o PRINCIPE dos FARISEUS: (Jo. 3). 
EVANGELIZOU ao LADRÃO na CRUZ (LC. 23:43) 
EVANGELIZOU em público, nas sinagogas, nos montes, as margens do mar, o caminho de Emaús (vale abrir um parênteses e mostrar que ele no caminho de Emaús estava evangelizando a “crentes”), no caminho de Damasco Ele estava evangelizando um perseguidor! 

Felipe evangelizou toda a CIDADE de SAMARIA e ao ETÍOPE no carro: (At. 8:5-13). 

Pedro evangelizou o centurial romano Cornélio em sua casa (At. 10:1-35). 

Paulo evangelizou toda a ASIA menor, sendo ele mesmo o maior missionário da Igreja primitiva vale destacar as três campanhas missionárias dele: 

A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (AT 13 – 14): 
  • De Antioquia a Chipre (At 13.1-12). 
  • De Chipre a Antioquia da Pisídia (At 13.13-52). 
  • De Icônio ao regresso a Antioquia (At 14.1-28). 
A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA (AT 15.36 – 18.28) 
  • Em direção à Ásia (15.36–16.8). 
  • Em direção à Europa (16.12–18.18). 
  • Regresso (18.18-22). 
A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA E VIAGEM ROMA (AT 18.23 – 28.31) 
  • De Antioquia a Macedônia (18.23 – 20.3). 
  • De Filipos a Jerusalém (20.6 – 21.17). 
  • Viagem a Roma (23.31-33; 27 – 28.31). 
A história das viagens missionárias de Paulo é, na verdade, a história dos Atos do Espírito Santo na vida desse intrépido servo de Deus. O Espírito Santo ainda opera as mesmas maravilhas narradas em Atos, basta apenas alguém solícito clamar: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. 

E você o que está pensando agora? És um missionário ou é um campo missionário? 

QUANDO EVANGELIZAR 

Hoje, agora! Não percamos mais tempo, se Jesus em seus dias na terra já dizia que “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo. 4:35), o que diremos nós em pleno século XXI, no ano atual? 

Jesus foi crucificado, ressuscitou, apareceu aos discípulos e disse: 

“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (Lc. 24:49)” 

Logo em seguida ele diz: 

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (At. 1:8)” 

Sendo conhecedores destas palavras os discípulos: 

“E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. (At. 1:13-14)” 

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. (At. 2:1-4)”. 

Após o batismo com o Espírito Santo os discípulos acomodaram-se e esqueceram-se da ordem: 

“e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (At. 1:8)” 

Ficaram somente em Jerusalém, mas Deus que não esquece, utiliza-se de um meio bastante enérgico para que o evangelho saia de Jerusalém e vá a toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra, ele levanta uma perseguição: 

“E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. (At. 8:1)”. 

Parece engraçado, mas crente que não evangeliza conforme Atos 1.8 é o mesmo que vai evangelizar na força de Atos 8.1. 

Levantemo-nos, usemos o que Deus nos concedeu, o tempo, a saúde, as oportunidades, agora é a hora! Já diz o poeta sacro, “Vem e vê os campos brancos já estão aguardando braços que os segaram. Jovem desperta, faz-te pronto e alerta, queiras logo responder: Eis-me aqui Senhor.” 

Um crente que não evangeliza precisa ser evangelizado, uma igreja que não evangeliza é uma igreja morta e morto não tem futuro. 

OS FRUTOS DO EVANGELISMO 

Nos preparamos, saímos ao campo, pregamos, evangelizamos, oramos, cantamos, participamos dos cultos públicos e o que aconteceu? Nada! Impossível! A obra de Deus feita sempre tem resultados positivos. 

Atente para a revelação do Santo Espírito a Igreja de Coríntios: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. (1 Co. 3:6-7)”. 

O salmista deixa isso bem claro: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. (Sl. 126:6)”. 

O fruto do evangelismo vem através do sofrimento, lembre-se, a Igreja foi fundada sob a rocha que é Cristo e isso após a morte dele! 

As igrejas iniciaram-se após a perseguição e morte de Estevão! O protestantismo que hoje vivemos é fruto do martírio de Jan Huss e consequentemente a intrepidez que sofreu o perseguido Martinho Lutero. 

Somos fruto do sofrimento, acima de tudo, fruto de pessoas sujeitas às mesmas paixões que nós, com suas limitações, defeitos, mas que tinha em mente que o futuro lhes reservava algo superior e por isso abnegaram-se ao EVANGELISMO. Hoje, nos gozamos de uma “paz” religiosa que nos quer levar ao marasmo, mas temos que produzir frutos, temos que pregar, salvar! 

A RECOMPENSA DO EVANGELISTA 

Ninguém trabalha de graça! Já ouviu isso? É impressionante como hoje em dia, estamos sempre em busca da recompensa, salário, presente e etc. 

Não nos esqueçamos, A SALVAÇÃO QUE RECEBEMOS DE JESUS, NOS FOI DADA DE GRAÇA POR ELE, e Ele o que recebeu? O que demos a Ele? Que fizemos por Ele e para Ele? 

Evangelizemos, pois o Jesus que nos servimos nos garante vida e vida em e com abundância, vida eterna, livramento! 

Parafraseando tudo isso eis o texto sagrado: 

“Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá, pois, salvar-se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros. (Mt. 19:25-30)”. 

Para entendermos melhor porque Pedro indaga Jesus sobre a recompensa que ganharia por segui-lo, ama e obedecê-lo basta lembrarmos o diálogo de Jesus com um jovem rico, onde Jesus lhe diz para vender todos seus bens e dar o dinheiro aos pobres para que obtivesse um tesouro no céu e, só depois, seguisse a Jesus. 

O jovem era muito rico e ao ouvir tais palavras de Jesus, ficou muito triste, pois ele entendeu que era preciso renunciar toda sua riqueza para seguir a Jesus e viver da divina providência. Então, o jovem entristecido desiste e vai embora. 

Os discípulos, ao verem aquela situação, ficam perplexos, então, Pedro toma a palavra e pergunta a Jesus qual a recompensa que obteriam por ter deixado tudo para segui-Lo. 

Com essa indagação de Pedro, nós podemos tirar um ensinamento muito valioso: sempre esperamos alguma coisa como recompensa, mas para obtermos a recompensa de Deus temos que renunciar a muitas coisas boas e ruins. 

A recompensa de Deus para nós são duas, a primeira recompensa diz respeito a eternidade e a segunda sobre a vida neste tempo. Todos que optam por renunciar a tudo em busca de algo infinitamente maior e melhor, ou seja, o seguir a Cristo terá como herança a vida eterna e receberão cem vezes mais. 

Todos os milagres que ocorrem em nossa vida referem-se a esta recompensa de receber "cem vezes mais" de Deus. E a mensagem, por trás dessa passagem bíblica, diz respeito a vivermos uma vida virtuosa, ou seja, praticarmos o bem em todas as circunstâncias para tornarmo-nos semelhantes a Deus e trabalharmos para louvor dEle. 

Vale a pena ser virtuoso e se esforçar para fazer EVANGELIZAR. Portanto, hoje, pratique EVANGELIZE, seja amigo do bem, ame o próximo, honre a Deus acima de todas as coisas, mesmo que você seja humilhado e perseguido, pois o mundo precisa de pessoas virtuosas e que evangelizem! 

Peça a Deus força para enfrentar o mal e disposição para viver uma virtuosa. Peça a coragem para renunciar às coisas - boas e ruins que o mundo nos oferece para tirar-nos da presença de Deus- e seguir a Jesus. Desta forma, você obterá a recompensa de receber "cem vezes mais" nesta vida e, também, a herança da vida eterna. 

É preciso entender que o pecado é o mal deste mundo, e que o mesmo está enfermo por conta disso, mas Deus nos concedeu o DOM de CURAR, e EVANGELIZAR é o remédio! 

CONCLUSÃO 

Como você sente hoje a chamada universal de Jesus, Ele fez duas chamadas bem distintas: 

A primeira, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (Mt. 11:28)” 
A segunda “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. (Mt. 4:19)” 

Na primeira o convite a salvar-se! 
Na segunda o contive a evangelizar! 

Na primeira Ele tira o julgo da servidão do pecado. 
Na segunda Ele põe o jugo suave e o fardo leve (Mt. 11:30). 

Na primeira Ele nos aceita como somos. 
Na segunda Ele anseia nos ensinar “aprendei de mim”, diz Ele; para que sigamos as suas pisadas! 

Na primeira Ele sabe o que somos. 
Na segunda Ele mostra o que seremos. 

Ser um evangelista é ser como Jesus e quem assim, vive servindo ao Mestre, está debaixo da promessa, “Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará”. (João 12:26)