O velho pai dirigiu-se ao oficial no lugar
onde se travara uma sangrenta batalha. Chamava-se João Hartman. Ele tinha um
filho e o moço não voltara da batalha. Possivelmente estava morto. Mas o pai
não se satisfez: não concordara com a explicação do oficial.
Começou a procurar o filho querido.
Anoitecia, e ele continuava procurando. Não enxergava mais senão os vultos, mas
persistia na procura. Chamava-o pelo nome, que também era o seu próprio:
-
João Hartman... João Hartman..., teu pai te procura...
Continuou gritando, e perdeu a noção do tempo:
- João Hartman, meu filho..., teu pai te procura... Ouviu uma voz fraca
responder ao apelo.
-
Aqui estou, pai.
-
Graças a Deus, - disse o velho.
Juntando sua reserva de forças, carregou
aquele filho querido nos braços, levando-o para ser socorrido.
"Que homem dentre vós, tendo cem
ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove, e vai após a
perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso.
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos
comigo, porque já achei a minha ovelha perdida" (Lc 15.4-6).