Mateus 5:48 (ARC) “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.”
Errar é, de fato, parte da natureza humana. Desde o Éden, nossa história carrega a marca da queda, do pecado e da fragilidade. Somos imperfeitos, falhos, inclinados ao erro. Contudo, a Bíblia, em sua autoridade eterna, não alivia nossa responsabilidade. Pelo contrário, ela nos confronta, exorta e eleva o padrão: “Sede vós, pois, perfeitos.”
À primeira vista, isso parece impossível. Como pode Deus exigir perfeição de seres imperfeitos? A resposta está na graça e no processo da santificação. Jesus não disse: “Sejam perfeitos por vocês mesmos”, mas sim: “como é perfeito o vosso Pai”. Ou seja, nos chama a viver uma vida dirigida, moldada e transformada pelo caráter santo de Deus.
O chamado à perfeição não é uma imposição inalcançável, mas um convite diário à renúncia, ao arrependimento, e ao aperfeiçoamento em Cristo. Paulo escreve: “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus” (Filipenses 3:12, ARC). O apóstolo reconhece a limitação humana, mas também nos aponta o alvo.
A perfeição bíblica é maturidade espiritual, é integridade no proceder, é andar com Deus com coração sincero. Não se trata de nunca errar, mas de nunca se conformar com o erro. Trata-se de odiar o pecado, de se levantar com humildade após cada queda e de continuar sendo moldado pelo Espírito Santo.
Deus não nos exige perfeição como condição de amor, mas nos aperfeiçoa porque nos ama. Somos chamados a deixar de ser apenas humanos e passar a ser filhos obedientes, que carregam em si o caráter do Pai. Isso exige esforço, vigilância, arrependimento e comunhão constante com a Palavra.
Errar é humano, sim. Mas permanecer no erro é rebeldia. E ignorar o chamado à perfeição é negligenciar o plano de Deus para nossa santificação.
Que sejamos confrontados, corrigidos e moldados pelo Senhor, até que Cristo seja formado em nós.