sábado, 2 de agosto de 2025

AMAR A DEUS

“Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” (Mateus 22:37)

Jesus resumiu toda a lei em um só mandamento: amar a Deus com tudo o que somos. Mas esse amor não nasce naturalmente em nós, ele é fruto de um novo nascimento, de uma conversão genuína, onde deixamos de viver para nós mesmos e passamos a viver para Ele.

Muitos reconhecem que Deus existe, até admiram Jesus como alguém bom, mas não se entregaram verdadeiramente. Vivem com uma fé superficial, carregando o peso de culpas, vícios e máscaras, um fardo pesado demais para sustentar sozinho.

Mas Jesus nos faz um convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." (Mateus 11:28-30).

Segui-lo não é trocar de religião, é trocar de vida. É deixar para trás o pecado, reconhecer as falhas, e confiar plenamente que somente Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).

Não basta saber que Jesus salva, é preciso abraçar essa salvação com arrependimento e fé. Só assim o amor a Deus se tornará real: quando o coração for transformado, a alma purificada, e a mente renovada por Cristo.

Hoje é o tempo de deixar os fardos do pecado e receber a leveza da graça. De nascer de novo, de viver para Deus com integridade e entrega total. Porque só em Jesus há vida abundante que conduz a vida e eterna.

EXCESSO

Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus. (Provérbios 30:7-9)

A Bíblia alerta: há perigos na escassez, mas também na abundância.

Enquanto a falta pode nos empurrar para a incredulidade, a necessidade extrema e até o desespero; a fartura pode nos levar à soberba, à autossuficiência e ao esquecimento de Deus.

Você já deve ter escutado: "Tudo demais, é muito", e Agur, em Provérbios, nos ensina a orar por equilíbrio, por aquilo que é suficiente. Ele compreendia que tanto a pobreza quanto a riqueza carregam riscos. A escassez pode nos tentar a roubar ou duvidar do cuidado de Deus; a abundância pode nos seduzir a viver como se não precisássemos mais dEle.

Somos constantemente tentado ao excesso: no comer, no falar, no buscar, no acumular. Mas a Palavra nos chama ao contentamento, à confiança e à dependência do Senhor, seja em dias de pouco, seja em dias de muito.

Precisamos estar satisfeitos com o que temos, pois o segredo não está no que temos, mas em como lidamos com o que temos.

O verdadeiro risco não está nas circunstâncias, mas no coração que se perde nelas.

Por isso, viva com equilíbrio. Abrace a suficiência de Cristo e confie que Ele sabe o quanto você pode suportar, tanto na escassez quanto na abundância e diga como Paulo:

Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. (Filipenses 4:11-13)

QUEM DEUS TE CHAMA PARA SER

Há duas expressões de Paulo que nos chama muito a atenção, Romanos 6:4 diz: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" e Romanos 12:2 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Pensar nesses dois textos nos confronta a refletir se de fato, hoje seja o dia de deixar para trás quem temos sido, para abraçar quem Deus nos chamou para ser. Não se trata do que os outros esperam de nós, nem das pressões ao nosso redor. É sobre ouvir a voz do Espírito e obedecer ao chamado que Ele colocou em cada coração.

A graça de Deus não nos alcançou para nos manter iguais, mas para nos transformar dia após dia à imagem de Cristo. Abdicar de velhas atitudes, de pensamentos limitantes, de padrões mundanos, é o primeiro passo para vivermos em novidade de vida.

Eu tenho plena certeza que você sabe o que o Senhor já ministrou ao seu coração. Sabe o que precisa deixar. Sabe o que pode oferecer, com fé, com entrega, com amor.

Então, vamos nos deixar guiar pelo Espírito Santo. Não por aparência. Não por obrigação. Mas porque fomos chamados para mais, para vivermos algo novo, com Deus que faz novas todas as coisas.

E para viver esse novo, é preciso: “Despojai-vos do velho homem... e revesti-vos do novo, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Efésios 4:22-24)

Por isso, ore pedindo para que, “O Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”. (1Pedro 5:10).

Não estamos buscando aparência, nem exibicionismo, estamos buscando a presença de Deus que nos santifica e nos coloca no nosso devido lugar, e nesse lugar, brilhamos como a candeia acima do alqueire.

Que hoje você e eu, queiramos e façamos o que tem que ser feito para sermos o que Deus quer que sejamos!

AME

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio.” (Gálatas 5:22)

Entre todas as virtudes do fruto do Espírito, o amor aparece em primeiro lugar. E isso não é por acaso. O amor é a raiz que sustenta todas as outras virtudes do caráter de Cristo em nós.

Sem amor...

- ...a alegria é apenas euforia passageira, não permanece na dor, nem edifica.

- ...a paz é comodismo, ausência de conflito externo, mas não presença de Cristo no coração.

- ...a longanimidade (paciência) vira tolerância forçada, sem compaixão, só resistência fria.

- ...a benignidade se torna interesse, tudo com segundas intenções.

- ...a bondade vira caridade por vaidade, gesto bonito, mas sem alma.

- ...a fé se torna presunção, confiança sem humildade, fé sem dependência.

- ...a mansidão vira fraqueza, passividade, firmeza sem ternura.

- ...o domínio próprio é apenas repressão, controle externo sem transformação interior.

Mas com o amor...

- A alegria é força mesmo no sofrimento.

- A paz é descanso profundo na soberania de Deus.

- A longanimidade é perseverança com ternura.

- A benignidade é ação com o coração de Cristo.

- A bondade é generosidade que flui do Espírito.

- A fé é confiança viva.

- A mansidão é força sob controle, moldada pela graça.

- O domínio próprio é fruto da entrega, não do orgulho.

Com amor, tudo ganha forma, propósito e poder, pois o amor que o Espírito gera em nós não é sentimento humano passageiro, mas a natureza do próprio Deus em ação. É o amor ágape, que se doa, que perdoa, que serve, que entende, que insiste, que sofre, que se alegra com a verdade (1 Coríntios 13).

É esse amor que nos impulsiona a fazer tudo para Deus e para o próximo. Não por obrigação, mas por amor. Não por vaidade, mas por amor.

- Se oramos, que seja por amor.

- Se pregamos, que seja por amor.

- Se servimos, que seja por amor.

Quando o amor é o motor, o que fazemos não cansa, fervor se renova, empatia floresce, e o nome de Cristo é glorificado. Como disse Paulo: “O amor de Cristo nos constrange.” (2 Coríntios 5:14)

Que sejamos movidos por esse amor. Um amor altruísta, que busca o bem do outro. Um amor com empatia, que sente a dor do próximo. Um amor com fervor, que não esfria diante da ingratidão, nem recua diante da dificuldade.

Porque quando o Espírito habita, o amor transborda, e onde há amor verdadeiro, Deus está presente. “Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (1 João 4:7)

O amor é o alicerce de toda virtude espiritual. Tudo o que o Espírito gera em nós começa no amor de Deus e se expressa em amor ao próximo.

Sem amor, tudo é vazio (1 Co 13). Com amor, tudo ganha sentido. Que o amor seja nosso motivo, nosso meio e nosso fim.

AGRADEÇA

“Em tudo dai graças” (1 Tessalonicenses 5:18)

Quando o apóstolo Paulo nos instrui a dar graças em tudo, ele não está dizendo que devemos agradecer por tudo o que acontece, mas sim que, em qualquer circunstância, nosso coração deve permanecer grato a Deus. Há uma diferença importante:

Dar graças por tudo significaria agradecer até pelo mal, pelo pecado ou pela dor em si. Deus não espera que agradeçamos pelo sofrimento causado pelo pecado ou pela injustiça.

Dar graças em tudo é reconhecer que, mesmo em meio às dificuldades, Deus continua sendo soberano, bom e fiel para transformar situações ruins em crescimento espiritual e bênçãos futuras (Romanos 8:28).

Quando enfrentamos uma doença, não agradecemos pela enfermidade em si, mas podemos agradecer em meio a ela, pois sabemos que Deus está conosco, sustentando-nos e ensinando-nos lições preciosas de fé e dependência.

Diante de uma perda, não damos graças pelo luto, mas em meio ao luto podemos agradecer porque o Espírito Santo nos consola e nos dá esperança da vida eterna.

Assim, a gratidão não depende das circunstâncias serem boas, mas da certeza de que Deus está presente em todas elas. Ser grato em tudo é um ato de fé e obediência, reconhecendo que o Senhor está no controle, mesmo quando não entendemos o motivo.

Dar graças em tudo é uma escolha que fortalece nossa comunhão com Deus, transforma nossa visão sobre os problemas e abre caminho para milagres e livramentos. É declarar: “Senhor, mesmo em meio à tempestade, eu confio em Ti e Te agradeço, porque sei que tens um propósito maior.”