sábado, 20 de junho de 2020

FÉ E RAZÃO

Você já ouviu dizer que a fé tem uma razão que a própria razão desconhece?

Eu confesso ter ficado maravilhado com a frase, mas depois de refletir sobre a mesma, pareceu-me que, o autor, tentara colocar a fé contra a razão, o que não se sustém, pois razão e fé andam de mãos dadas.

Sem dúvida é a fé a fonte da vida e é a razão a base dessa fé vivificante.

Através da razão, a fé cresce moldando e formando a realidade. 

A razão dá sustentação e fundamentação a prática da fé.

Enfim, nada como a razão, faz nosso coração incendiar-se pela fé e, nada mais racional do que ter fé, para com razão agradar a Deus.

LIBERDADE

Ninguém é completamente livre, infelizmente ou felizmente, quer queiramos ou não, que saibamos ou não, estamos “presos”, “agarrados”, a algo ou a alguém, a liberdade, humanamente falando, jamais estará desassociada da liberdade espiritual, embora sejamos livres para fazer escolhas, a liberdade sempre estará cativa, inevitavelmente, a Deus, de forma consciente, optativa e agradecida ou ao diabo de forma inconsciente (alguns conscientes), inconsequente e impositiva e punitiva.

Das verdades implícitas no texto de Mateus (6:24) ”Ninguém pode servir a dois senhores...” descobrimos que, “ou se está com um ou com outro”, “você nunca estará sem lado”, “ou és a favor ou contra”, enfim, a liberdade é na verdade “estar (preso) por vontade e liberalidade a algo ou alguém que, por conhecimento dos motivos plenos ou não, nos faz sentirmos-nos libertos de tudo aquilo que nos subjuga, nos fere e limita nossa atuação, dando-nos autonomia, independência”.

Parece contraditório, mas não é, embora uma das definições para liberdade seja “a condição daquilo ou daquele que não está  submetido por força constrangedora, seja ela física ou moral” bem como “a condição daquele que está solto, sem empecilho algum”, quer aceitemos ou não, estando ou não consciente, a liberdade que “gozamos” sempre estará ligada a alguma forma de nos submeter a algo ou alguém.

O Evangelho nos chama à liberdade, liberdade essa que pensamos ter na condição de “homem natural” e que muitos ignoram na condição de “homem espiritual”, mas como supracitado, no “homem natural”, a condição de liberto é na verdade uma condição de “cativo a escravidão do pecado” e isso, em sua maioria, por desconhecer (nunca salvo) e outros por ignorar (apóstata) o real motivo de sua condição espiritual (2 Pe. 2: 17-22), mas há solução para essa condição de escravidão, a solução é Cristo (Mt. 11: 28-30).

No “homem espiritual”, a condição de liberto é na verdade uma condição de “cativo a Deus”, mas nesse estado, está o homem de forma espontânea, agradecida e consciente (Rm. 7:25)”.

Soa contraditório sermos livres e cativos ao mesmo tempo, mas é exatamente como é, o “homem natural” é cativo, pensando ser livre, mas na verdade, a verdadeira liberdade é, está cativo em Cristo e com Cristo, assim o “homem espiritual” é de fato livre, por está cativo em Cristo.

Não há liberdade fora de Cristo, por mais que se sinta livre, o “homem natural”, está preso, uns inconscientemente, outros conscientemente no pecado, onde se permitem tudo fazer, mas que condenam-se a si mesmos com sua “liberdade”; já o “homem espiritual”, liberto do pecado, tendo sepultado o “homem carnal”, age conforme a “Lei perfeita da liberdade” (Tg 1:25) que conquistamos em Cristo (Gl. 2:4) e por assim estar, não usa dessa liberdade para dar ocasião aos desejos que iludem, os desejos da carne (Gl. 5:13), antes, ciente que por essa mesma liberdade será julgado (Tg. 2:12) ele deve proceder de forma que não permita que sua liberdade em Cristo seja julgada pela consciência alheia (1Co. 10:29).

Tenhamos esperança, busquemos mais a Deus, pois “o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade ‭‭(2Co.‬ ‭3:17‬)” logo, só há um caminho para a liberdade, e o Caminho é Cristo.

No final de tudo, o “homem natural” alcançará a liberdade quando buscar a verdade, pois como disse Jesus, “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo.‬ ‭8:32‬), logo o máximo de liberdade que o “homem natural”, por mais que deseje ter, é escolher de quem quer ser servo, pois só haverá liberdade em sua vida, se a mesmo for produzida pela verdade que é Cristo, e, liberdade não é um fim, mas uma consequência da inegociável salvação que nos concede o Senhor e Salvador Jesus Cristo!