Um seminarista foi convidado a ajudar nos
trabalhos de determinada igreja no Interior. Era um crente valoroso, muito
confiante no poder de Deus e se entregava inteiramente à obra.
A igreja tinha muitos pontos de pregação, e
cada dia ele ia conhecer um trabalho diferente.
Um domingo, à tarde, foi convidado a pregar
em um certo lugar temido pelos crentes, pois havia forte oposição ao trabalho
evangélico.
Os valentões do lugar ameaçavam os crentes.
O seminarista foi avisado.
Vamos confiar em Deus e fazer a sua obra -
disse o rapaz.
Em lá chegando, reuniram-se numa pracinha
em frente a uma casa comercial. Havia ali alguns cavalos amarrados pelas
rédeas, grupos de pessoas de chapéu grande e grandes facões na cintura.
O cântico do primeiro hino foi interrompido
pela aproximação de um homem, que disse:
- Vamos acabar com esse negócio de Bíblia
aqui.
- Por que o senhor acha que pode nos mandar
parar?
- Eu não acho nada. Só não quero mais
cantoria aqui, como já disse.
- O senhor vai me desculpar - disse o
seminarista, mas a Bíblia é a Palavra de Deus e ela nos autoriza, ou melhor,
ela nos manda pregar o Evangelho.
Em seguida, leu para o valentão no capítulo
16 de Marcos, e em Atos dos Apóstolos, capítulo 1.
Depois disse:
- Ainda mais. Nós não podemos nos calar,
porque Jesus disse que se nós nos calarmos, as próprias pedras clamarão.
A confiança do seminarista intimidou aquele
homem. Ele voltou para o seu grupo e a pregação foi reiniciada. Nunca mais os
crentes encontraram ali qualquer dificuldade.
"Posso todas as coisas naquele que me
fortalece" (Fp 4.13).