sábado, 12 de julho de 2025

SALVAÇÃO É INEGOCIÁVEL

Ao refletirmos sobre a vida, é comum nos depararmos com a ideia de "salvação" em diversas situações. No cotidiano, a salvação pode ser um ato heroico que evita um acidente, uma palavra que conforta, ou a ação de profissionais como bombeiros e policiais que nos livram de perigos iminentes. Esses são exemplos claros da salvação na visão humana, que nos remetem à gratidão por aqueles que, com coragem e altruísmo, nos estendem a mão.

No entanto, o texto que nos propomos a meditar nos convida a ir além, a transcender o plano material e aprofundar na salvação no universo espiritual. Esta não se limita ao corpo físico, mas abrange a totalidade do nosso ser, tocando a esfera espiritual e eterna.

É uma salvação que, como nos lembra Lucas 3:6, é para "toda a carne", um presente que Deus oferece à humanidade.

A grandiosidade dessa salvação reside em sua origem e execução divinas. Efésios 1:9-10 revela que ela foi planejada no céu, um mistério da vontade de Deus que visa congregar todas as coisas em Cristo. Essa obra magnífica foi executada na terra por Jesus, cujo sacrifício na cruz, conforme João 19:30, culminou no brado "Está consumado". Com essas palavras, Jesus selou a nossa redenção, um ato de amor incondicional que nos abriu o caminho para a vida eterna.

Mas a salvação também tem a parte do homem. Não no sentido de realizar a salvação, mas de recebê-la. Romanos 10:10 nos ensina que "com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação."

É um convite à fé e ao reconhecimento da obra de Cristo em nossas vidas. E essa boa-nova não deve permanecer conosco; Marcos 16:16 nos exorta a divulgá-la na terra por nós, pregando o evangelho a toda criatura.

É crucial entender que essa salvação é um dom da graça divina e não pelo mérito humano. Romanos 3:24 afirma que somos "justificados gratuitamente pela sua graça". Não há obras ou feitos que possamos realizar para merecê-la. Efésios 2:8-9 reforça que somos "salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." É um presente imerecido, recebido pela fé.

A beleza da salvação também pode ser analisada na perspectiva do tempo, conforme Romanos 6:22 nos mostra: já fomos salvos da condenação do pecado, o que nos fala de Justificação, um passado onde fomos libertados. No presente, estamos sendo salvos do poder do pecado, o que se refere à Santificação, um processo contínuo de transformação em nossas vidas. E, no futuro, seremos salvos da presença do pecado, que é a Glorificação, nossa esperança final da vida eterna.

João 3:16-17 resume a essência dessa salvação inegociável: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."

Essa salvação alcança a todos (Tito 2:11), pois a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. Ela nos oferece um modelo de vida, ensinando-nos a renunciar à impiedade e a viver de forma sóbria, justa e piedosa (Tito 2:12). Mais do que isso, a salvação gera esperança (Tito 2:13), a bem-aventurada esperança da vinda gloriosa de Jesus Cristo. Ela tem um executante sublime: nosso Salvador Jesus Cristo, que se deu a si mesmo por nós (Tito 2:14). E, finalmente, a salvação tem um objetivo claro: nos remir de toda iniquidade e purificar um povo seu especial, zeloso de boas obras (Tito 2:14).

Que essa reflexão fortaleça a sua fé e o inspire a viver a plenitude dessa salvação que nos foi concedida por tamanho amor.

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