"Retenha a composição porque demos
saída, por engano, a um cargueiro... por favor... atrase o trem de
passageiros..."
O telegrafista, num relance, percebeu a
intensidade do perigo! O trem de passageiros acabava de ser liberado, repleto,
e ia chocar-se com o outro, ocasionando um terrível desastre.
Saiu correndo atrás do trem. Lembrou-se que
mais adiante, a uns dois quilômetros, havia uma subida e o trem, forçosamente,
diminuiria a velocidade. Isso lhe deu novo ânimo. Embora a composição
aumentasse a distância ele corria mais e mais, num esforço desesperado para alcançá-la.
O trem começou a diminuir a velocidade.
Agora, inversamente, a distância entre a composição e o corredor diminuía.
Mais alguns minutos e ele teria cumprido o
seu dever.
Continuava correndo: alcançou o último
vagão... mais um. Sempre correndo, gritava ao maquinista: "Pare o trem...
pare o trem..."
Quando o maquinista compreendeu a intenção
do rapaz, que ele conhecia bem, parou o trem, e, num último esforço, ouviu:
Volte depressa com o seu trem que está
vindo um cargueiro em sentido contrário.
O maquinista puxou os comandos e o trem
começou a retornar. Foi o tempo suficiente para virar o comando do desvio e o
cargueiro passou inofensivo.
Só então se lembraram do mensageiro; uma
equipe foi em seu socorro: ele tinha caído morto, no lugar onde alcançara o
trem!
"Porque Cristo, estando nós ainda
fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um
justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu
amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores" (Rm 5.6-8).
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