Agora, próximo às comemorações do
Natal, ele meditava no seu quarto frio. A fome o impeliu para a rua em busca de
mais uma ajuda. Agasalhou-se como pôde, e saiu.
Uma casa iluminada o animou a
pedir auxílio. Bateu e foi atendido por um cavalheiro que se condoeu do seu
triste estado. Fê-lo participar da mesa e arrumou uma cama para ele no quarto
onde guardava os trastes.
No dia seguinte, muito cedo, os
moradores daquela casa ouviram acordes maravilhosos ao som de harpa. O dono da
casa desceu e encontrou o velhinho dedilhando o instrumento, tirando aquele som
maravilhoso.
O homem ficou admirado:
- Como o senhor pode tirar sons
tão agradáveis desse instrumento?
O velhinho tinha lágrimas nos
olhos. Fitou o anfitrião:
- Ah! meu senhor! Este
instrumento não tem nenhum segredo para mim. Fui músico em minha mocidade. Eu
mesmo construía os meus instrumentos. Esta harpa, reconheço-a, foi feita por
mim.
"Lembra-te do teu Criador
nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos
quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento" (Ec 12.1).
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