Uma ocasião, no Estado do Rio, o
missionário tinha de chegar a determinado lugar de difícil acesso onde estava
sendo aguardado. Conseguiu quem o conduzisse, e aproveitou a oportunidade de
falar sobre o Evangelho ao guia.
Este respondeu:
Não, missionário. Eu não posso aceitar a
sua religião, porque ficarei proibido de beber, fumar, de fazer tantas coisas
que gosto de fazer. Os crentes são escravos. Não têm liberdade.
O missionário pediu ao guia um maço de
cigarros, e ao invés de acender um cigarro, guardou o maço no bolso e
prosseguiu viagem sob a admiração do guia, que não ousava dizer nada. As horas
foram passando e o missionário continuava de posse dos cigarros.
Lá pelas tantas, o companheiro sentindo um
desejo irresistível de fumar, não se conteve:
Como é, o senhor não vai me devolver os
cigarros?
Não, respondeu o missionário.
O inveterado fumante perdeu a calma e
ameaçou tomar do missionário os cigarros, à força, ao que este respondeu:
Espere, vou devolver-lhe os cigarros; eu só
fiz isto para provar-lhe que eu não sou escravo, mas você é escravo.
Você está querendo brigar comigo porque não
pode passar sem fumar uma hora. Isto é ser escravo.
"Não reine, portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências." "Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" (Rm 6.12,16).
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