sábado, 2 de março de 2013

OS MILAGRES DE JESUS


Milagre, segundo o mundo é a aquilo que não tínhamos como fazer; segundo o dicionário é algo extraordinário, feito inexplicável pelas leis naturais; mas, realmente milagre é a forma que Deus confirma o seu Amor (Jo. 11. 3-5, 15), poder (Lc. 5.2) e mensagem (Jo. 4.39-42). Jesus realizou 37 milagres, os apóstolos 20 e At. registram 67 mostrando-nos assim que Deus é o mesmo.

  1. O milagre firma a fé: Jo. 2.11
  2. O milagre gera crédito ao nome de Jesus: Jo. 2.23.
  3. O doutor da lei reconhecia que Deus era com Jesus pelos milagres: Jo. 3.2.
  4. O milagre fazia o povo receber Jesus como vindo de Deus: Jo. 4.48.
  5. O milagre atrai a multidão: Jo. 6.2.
  6. Os milagres feitos mostravam Jesus maior que o Cristo: Jo. 7.31.
  7. O milagre confirma a palavra: Mc. 16.20.
  8. Os discípulos pregavam os milagres de Jesus: At. 2.22.
  9. O milagre é testemunho do reino de Deus: Mt. 4.23.
  10. O milagre é para ajudar os necessitados: Mt. 14.14.
  11. O milagre remove as dificuldades: Mt. 8.15; Fp. 2.25-30.
  12. O milagre leva-nos a glorificar a Deus: Mt. 9.8; At. 3.1-10.
  13. Os milagres de Jesus foram feitos como homem: Jo. 14.12.
  14. O milagre só acontece mediante a fé: Mt. 9.22; 15.28.
  15. Jesus praticou milagre:
    1. Falando: Mc. 4.39.
    2. Tocando: Mt. 8.3.
    3. Sendo tocado: Lc. 8.44-46 (Mc. 5.28).
  16. Um tríplice milagre: Lc. 5.17-26.
    1. Poder sobre o espírito: 20 – Restauração com Deus.
    2. Poder sobre a alma: 22 – Restauração interior.
    3. Poder sobre o corpo: 24 – Restauração com o próximo.
  17. Os milagres de Jesus sempre tinham um lado físico e espiritual: Mt. 8.
    1. Lepra: Tipificando a culpabilidade do homem: 1-4.
    2. Paralisia: Tipificando a impossibilidade da auto-salvação: 5-13.
    3. Febre: Tipificando a paixão humana: 14-15.
    4. Possessão demoníaca:  Escravidão: 16,17.
  18. Queres o milagre? Jo. 5.6.
Conclusão

Enfim o maior milagre é a salvação. Só Deus através de Jesus pode transformar o pecador num santo, bebedor num pregador, uma prostituta numa maestrina, uma adultera numa mulher de oração. Tem coisas que só Jesus faz e para Ele não é milagre e sim algo simples, natural. O prazer de Deus não é vernos meros mortais, mas sim, simplesmente como Jesus.

Luiz Gustavo Cabral Clemente
06.03.08

O MINISTÉRIO DE ENSINO DE JESUS

Das 90 vezes que se dirigiram a Jesus, 60 vezes o chamaram de “Mestre”, e assim chamando-o estavam certos, pois o próprio Jesus aceitava esse título (Jo. 13. 13; Mt. 23. 8; 26. 18). O ensino do mestre Jesus causava (Jo. 7. 46) e ainda causa admiração (O mestre dos mestres “Augusto Cury”).
O que é ensinar?

Esta palavra tem origem no latim, “Insigno” e significa pôr uma marca
Transmitir conhecimento.
Facilitar entendimento.

A quem Jesus ensinava?

Jesus ensinava a todos (Lc. 20. 21).

Jesus teve uma vida devotada ao ensino.

Não perdia tempo para ensinar
Quando criança: Lc. 2. 46-49
Em todo o ministério terreno: At. 1. 1
Na dificuldade: Jo. 19. 10,11
Na hora da morte:
Ressuscitado: Lc. 24. 15
Hoje e sempre: Mt. 28.19, 20.

O que Jesus ensinava?
Jo. 12. 44-50.

Como Jesus ensinava?
Com graça (Lc. 4. 22)
Com autoridade (Lc. 4.32)
Com espírito e vida (Jo. 6. 63)
Com singularidade (Jo. 7. 46)
Com perfeição (Mc. 7. 37).

Quais os métodos que Jesus utilizava para ensinar?
Jesus sempre encontrava um ponto prosaico.
Com Nicodemos (Jo. 3), ensinando a lei.
Com a samaritana (Jo. 4), ensinando a adoração.
Em João 5. 19-47, ensinando a sua missão.
Com a multidão faminta (Jo. 6), ensinando o objetivo do homem.

Método de perguntas e respostas.
Fazendo como aprendeu: Jó 39-41.
Praticando com todos os níveis de conhecimento.

Parábolas.
Dividida em doutrinária e dinâmica.
O ensino Doutrinário revela o plano divino para o homem.
O ensino Dinâmico:
O ensino que estimulava a vida do homem.
O ensino que harmonizava o material ao espiritual.
O ensino com imagens cotidianas: “O semeador saiu a semear”;
“procurando a dracma, a ovelha, um filho pródigo”.

História
H. As escrituras: Mt. 22. 41-46 (Sl. 110. 1); Mt. 12. 38-42.

Diálogo
A arte de dizer, não aquilo que queremos, mas o necessário. (Jo. 8. 45-59).

Preleção
Só o mestre falando. (Mt. 5-7; Lc. 6. 20-37)

Conclusão
“...Nunca homem algum falou como esse homem”.

Luiz Gustavo Cabral Clemente
29.02.08

ESTOU PRONTO


Certo capitão de um navio viu numa cidade um menino maltrapilho olhando as vitrinas.

- Onde está seu pai? - perguntou-lhe o capitão.

- Desapareceu depois da morte de minha mãe, há muito tempo.

O bom capitão condoeu-se do estado do menino.

Parecia ter fome.

Levou-o a jantar num restaurante e fizeram boa amizade.

Quer viajar como tripulante no meu navio?

Estou pronto - respondeu o menino.

E Estou Pronto ficou sendo o seu nome.

Todos gostaram muito dele, pois sua mãe, que era crente, o ensinara a ser um menino bom e prestativo.

Com o tempo, Estou Pronto conseguiu ganhar muitos tripulantes do navio para Cristo, inclusive o capitão.

"Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis e vedes, em verdade, mas não percebeis" (Is 6.8,9).

A SUPERIORIDADE DE FILIPE DA MACEDÔNIA


Filipe II, rei da Macedônia, foi muito acusado por seus compatriotas de indigno de ser rei, indigno de ser comandante, indigno mesmo de ser grego ou de ser considerado nobre.

No entanto, encontrava prazer em escutar a verdade, tão incômoda aos ouvidos dos soberbos; dizia que os oradores de Atenas lhe tinham prestado um grande serviço censurando-lhe os defeitos, pois só assim poderia corrigir-se.

* * *

Certo prisioneiro, que estava à venda, dirigia-lhe muitas acusações.
Ponde-o em liberdade - disse Filipe. - Não sabia que era dos meus amigos.

* * *

Sugerindo-lhe alguém a punição de um homem que dele tinha falado mal, respondeu:
Vejamos primeiro se lhe demos motivo para isso.

* * *

O embaixador de Atenas acabava de expor-lhe com muita insolência a sua missão.

Filipe ouviu-o com paciência.

Ao final perguntou ao agressor:
Que poderia eu fazer que fosse agradável à República?

Obteve a resposta:
Enforcares-te.

Os expectadores, indignados, dispunham-se a puni-lo. Filipe não deixou, dizendo:
Deixai em paz esse bobo; e dirigindo-se aos outros embaixadores: Dizei aos vossos compatriotas que aquele que insulta deste modo é muito inferior ao que, podendo puni-lo, perdoa-lhe.

"Nada façais por contenda ou por vangloria, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus" (Fp 2.3-5).

NÃO CRER EM DEUS?

Jean Le Rond d'Alembert, escritor, filósofo, e matemático francês, frequentava com assiduidade o palácio de Lorena.

Querendo atrair a atenção sobre si, irreverentemente afirmou:

Sou eu o único neste palácio que não crê em Deus e por isso não o adora.

Engana-se - respondeu a princesa - o senhor não é o único neste palácio que não crê em Deus e nem o adora.

Quem são os outros? - perguntou o sábio.

São todos os cavalos, e os cães que estão nas cavalariças e nos pátios deste paço - respondeu a princesa.

Assim, estou sendo comparado aos irracionais!?

De modo algum, tornou a princesa. Embora os irracionais não tenham conhecimento nem adorem a Deus, não têm a imprudência de se vangloriar disso.

"Disse o néscio em seu coração: Não há Deus" (SI 53.1a).

(Princípios de Ética para o Lar Cristão, de A. R. Crabtree, página 17, da Casa Publicadora Batista, 2? Edição.)

UM REI QUE SABE QUEM É O REI

O sábio rei Knut, da Inglaterra, em 1032 deu uma grande lição aos seus súditos bajuladores. Diziam eles:

Tu és grande e todo-poderoso. Ninguém em todo o universo ousaria desobedecer-te. Tua glória e teu reino serão para sempre, ó rei!

Um dia o rei ordenou:

Tragam para cá o trono.

Agora sigam-me até a praia.

Ali, cercado de toda a sua família e de toda a nobreza, mandou colocar o trono quando a maré estava baixa. Sentou-se sem nada dizer e todos se admiraram. Em pouco tempo a maré começou a subir molhando os pés do rei, e de toda a sua corte. O rei levantou as mãos sobre o mar e exclamou com autoridade:

Esta terra onde estou é minha e todos obedecem à minha voz. Ordeno-te, pois, ó água, que voltes para o mar e que não molhes os pés do rei. Como rei, ordeno-te, que voltes já para o mar.

Mal acabou de pronunciar estas palavras, uma onda forte, espumando branco com enorme estrondo, quebrou, molhando não só os pés, mas todo o corpo de todos, e arrastando alguns para dentro da água.

Então, solenemente, o rei deu esta sábia sentença:

Que todos os povos da terra saibam que os reis não têm autoridade alguma, a não ser aquela que Deus lhe dá.

O poder dos reis é coisa vã.

Ninguém é digno do nome de rei, a não ser aquele que criou a terra e o mar, e cuja palavra é a lei dos céus e da terra.

Hoje, na cidade de Southampton, numa antiga parede, bem perto do mar, há uma placa com estes dizeres:

"Neste local, em 1032, o rei Knut repreendeu toda a sua Corte"

"Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até o fim. Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra" (Dn 6.26,27).

TENHA JESUS NO CORAÇÃO

Euclides da Cunha assistia horrorizado à selvageria com que um dos assessores do comandante tratava os jagunços.

Sua alma sensível de pessoa civilizada entristecia-se ante tão deprimente espetáculo de barbaria, ordenado pelo carrasco.

Uma tarde, encontrando esse comandante violento carregando na farda um crucifixo de ouro, perguntou:

Que é isto?

É Jesus, respondeu o oficial.

Pois olhe - disse-lhe o autor de "Os Sertões", batendo no peito: - Eu o tenho aqui dentro do coração, e Ele me repreende quando faço o mal. E o seu Jesus?

"Porque o Senhor disse: Pois este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens..." (Is 29.13).

O EXEMPLO DA ARANHA


Roberto Bruce, rei da Escócia, combatendo forças inimigas superiores, embrenhou-se na floresta, e, escondido, desanimado, passou a observar o sacrifício de uma aranha que tentava construir o seu ninho, entrelaçando fios entre um pau e outro.

Alguns lances difíceis, mas a aranha não se desanimava. Tentava uma, duas, seis vezes, até conseguir o seu intento.

Mirando-se naquele animalzinho que lhe dava um belo exemplo de tenacidade, ele pensou:

- Se uma aranha pequenina pode vencer a adversidade, eu, um rei não devo desistir tão facilmente.

Bruce saiu do esconderijo, reuniu os soldados, e munido de nova coragem e determinação, entusiasmou a todos. Venceu o inimigo na sétima batalha.

"Na vossa paciência, possuí as vossas almas" (Lc 21.19).

UMA ESPOSA MUITO PACIENTE


Um homem vivia sob a influência de maus companheiros, entregue ao vício da embriaguez. Seus companheiros não podiam crer que ele tivesse uma boa e paciente esposa; por isso, foram à sua casa certa noite e fizeram uma terrível desordem e muito barulho.

O marido ainda exigiu da esposa que ela preparasse uma refeição para eles. Ela, no seu espírito religioso, o fez, sem se queixar. Os outros, diante de tanta singularidade, perguntaram-lhe:

Por que a senhora satisfaz todas as vontades de seu impertinente marido?

Bem - disse ela - os bêbados só têm uma vida; como diz na Bíblia, eles não herdarão o reino de Deus. Por isso procuro fazer a sua vida aqui na terra tão feliz quanto possível.

Envergonhados, os maus companheiros deixaram aquela casa e naquela mesma noite, o esposo viciado, entregou-se a Jesus.

"Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados. Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (Ef 4.1,2).

CULPA DOS PAIS?

Um amigo me falou de sua própria experiência sobre pais que não souberam educar seus filhos conforme ensina a Bíblia. 

Disse:

Meus pais eram muito indulgentes comigo, e, desde a meninice, aprendi a impor minha vontade contra o bom senso, até na realização dos meus desejos prejudiciais.

Acabei ficando desobediente, e com pouco respeito para com a vontade deles. Não quero ser injusto no julgamento dos meus queridos pais, aos quais eu devo honrar, mas não posso deixar de reconhecer a sua culpa por não me disciplinarem.

Por causa de sua excessiva bondade, eu tive de lutar comigo mesmo - depois que saí do seio da família para aprender a distinção entre os meus desejos egoístas e a verdadeira justiça social.

Se eu tivesse sido disciplinado em casa e restringido no exercício da minha própria vontade, estaria muito mais preparado para adaptar-me às justas exigências do meio social.

"Não retires a disciplina da criança; porque, fustigando-a com vara, nem por isso morrerá" (Pv 23.13).

FALANDO A VERDADE.


LIBERTE ESTE INDIGNO

Visitando um presídio, certa autoridade ia perguntando a cada um dos presos a razão da sua detenção. Cada um procurava provar que estava sendo injustiçado, mostrando-se inocente. Fez a mesma pergunta a um crente, e este respondeu:

- Estou aqui porque errei.

A autoridade chamou o encarregado do presídio e ordenou:

- Solte este homem, porque ele é indigno de estar aqui no meio de tanta gente boa.

"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Pv 28.13).

CONVIDAR SEMPRE


Havia em certa igreja um crente muito dedicado à evangelização pessoal. Evangelizava, entregava folhetos, convidava, convidava, e insistia. Chegava a ser cansativo em sua insistência.

Próximo de sua casa havia uma pequena alfaiataria. O atelier ficava num jirau, que se alcançava por uma escada de madeira. Ali o alfaiate pedalava a sua máquina o dia inteiro.

O crente entrou pela centésima vez porta adentro e puxou conversa, renovou o convite para o culto da igreja naquele dia. O alfaiate que não estava bem-humorado, subitamente empurrou o crente, escada abaixo dizendo:

- Desapareça daqui seu fanático!

O crente se levantou, ajeitou a roupa, olhou para cima e disse:

- Está bem, eu desapareço, mas o senhor vai à igreja hoje. Não vai?

"Que pregues a palavra a tempo e fora de tempo" (2 Tm 4.1).

J. HUDSON TAYLOR - LUCRO DE 400%


J. Hudson Taylor, no seu tempo de estudante, na Inglaterra, teve muitas confirmações de Deus sobre sua chamada para ser missionário na China.

Conta-se que certa vez foi chamado a socorrer uma senhora moribunda, admirando-se de que o pedido surgisse de um católico, mas soube depois que o padre se recusara a atender ao chamado, porque o necessitado não tinha dezoito pence (dinheiro local) para pagar adiantado.

Hudson era estudante pobre. Tudo o que tinha no mo-mento se resumia numa tigela com o suficiente para ali-mentar-se à noite e para o desjejum do dia seguinte, e uma moeda de meia coroa no bolso.

Chegou finalmente a uma habitação paupérrima. Foi conduzido ao quarto de dormir cheio de molambos, onde estava a doente.

- Você me pediu que viesse orar pela sua esposa. Ajoelhemo-nos e oremos! - disse Taylor.

Nem bem tinha começado a orar, doeu-lhe a consciência por estar na presença de Deus, diante de pessoas tão necessitadas, e ele, com meia coroa no bolso. Não conseguiu terminar a oração. Levantou-se, deu a moeda ao velho e partiu.
No dia seguinte a tigela de mingau não faltou. Antes de terminá-la o carteiro bateu à porta, e, pouco depois, a proprietária vinha entregar-lhe um envelope.

Não pôde atinar de onde viera, nem conheceu a letra. Dentro do envelope um par de luvas, e dentro de uma das luvas meio soberano.

Tivera a sua meia coroa restituída (não sabia por quem), com um lucro de 400%.

"E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galar-dão" (Mt 10.42).

O MARTÍRIO DE POLICARPO


Policarpo, em sua mocidade, foi aluno do apóstolo João. Foi condenado a morrer queimado no ano de 156 d.C. Uma carta da igreja de Esmirna para a de Filomênia assim relata a sua morte:

- Mas o admirabilíssimo Policarpo, logo que ouviu fa­lar sobre isso (que o procuravam para prender), não se de­sencorajou, mas preferiu permanecer na cidade. Entretan­to, a maioria conseguiu convencê-lo a retirar-se. Então ele se ocultou em uma pequena propriedade... seus persegui­dores chegaram e, como não o encontrassem, aprisionaram dois jovens servos... um deles confessou, sob tortura, o es­conderijo do santo. O oficial apressou-se a conduzir Poli­carpo ao estádio, para que recebesse o castigo que o aguar­dava por ser seguidor de Cristo. Quando adentrava pelo es­tádio, ouviu-se uma voz do Céu que lhe dizia: - "Sê forte, Policarpo, e porta-te varonilmente". Essa voz foi ouvida pelos crentes que se achavam presentes...

Policarpo foi ameaçado de ser entregue às feras.

- Se desprezas as feras - disse-lhe o procônsul - ordena­rei que sejas consumido na fogueira, se não te retratares.

- Tu me ameaças com o fogo que consome por um mo­mento e logo se apaga, mas desconheces o fogo do juízo vindouro, o fogo da punição eterna, reservado para os ímpios!

A multidão, ávida de morte, pede a fogueira para o "Pai dos Cristãos", o "Mestre da Ásia".

Quando quiseram encravá-lo com pregos no poste cen­tral ele disse:

- Deixem-me conforme estou. Aquele que me deu for­ças para suportar o fogo, também me permitirá que per­maneça na pira inabalável, sem que seja seguro por pregos.

Ao terminar a sua oração, o encarregado acendeu a fo­gueira e grandes chamas se elevaram ao alto...

"E outros experimentaram escárnios e açoites, e até ca­deias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ove­lhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra" (Hb 11.36-38).


A ORAÇÃO DE UMA CRIANÇA


Nas planícies do Oeste dos Estados Unidos, vivia um mineiro doente. 

Muito cedo na vida passara ele o desgosto de perder a esposa e a primeira fi­lha. 

Tornou-se um revoltado. 

Enquanto estava doente, uma senhora crente administrava-lhe os cuidados de enfermeira e orava por ele. 

Uma noite, a filhinha desta senhora lhe disse:

- Mamãe, tu não oraste por aquele homem hoje; já desanimaste?

- Creio que sim - responde a mãe.

- E Deus já desanimou, também?

- Creio que não - respondeu a mãe.

- Mamãe, é justo que nós desanimemos, enquanto Deus não desanima? -inquiriu a criança.

Naquela noite, orou novamente a mãe pelo homem, endurecido na sua obstinação. No dia seguinte ela levou consigo a filhinha para visitar o enfer­mo. 

Chegando lá, a criança começou a conversar com ele e lhe disse:

- O senhor já teve uma filhinha, não é verdade? Deus a levou para o céu, mas o senhor vai se encontrar com ela lá.

- Não, não creio que vá, pois sou um homem mau - replicou ele.

- Mas Jesus veio a este mundo para fazê-lo um homem bom - acrescen­tou a criança, arguta e crente.

E foi através daquela criança de fé que o homem obcecado se converteu.

F. S. Eitelgeorge (Missouri, E.U.A.)

JESUS ESTAVA NO PRIMEIRO BANCO

Um pastor lutava há muitos anos sem ver sua igreja crescer. Certa noite sonhou que estava pregando e era ou­vido atentamente por um visitante desconhecido. No final do culto, o pastor foi cumprimentar a visita, e constatou que fora Jesus mesmo que ali o estivera ouvindo. Assim, o seu ministério foi mudado pela convicção de que Jesus es­tava presente às suas pregações.

"... eis que estou convosco todos os dias, até a consu­mação dos séculos" (Mt 28.20b).

AMIGO SUBSTITUTIVO

Quando Fox, líder dos Quacres, foi encarcerado em um porão sujo e desagradável, um dos seus amigos foi a Oliver Cromwell e ofereceu-se para ficar no lugar do líder. 

Cromwell, muito impressionando com este oferecimento, perguntou aos grandes do seu conselho:


- Qual de vós faria tal coisa por mim, se eu estivesse na mesma situação? Cromwell não pôde aceitar a oferta, pois era contra a lei, mas estava ad­miradíssimo de ver uma amizade tão profunda e sincera.


Estando nós condenados à morte eterna, Cristo se ofereceu para morrer em nosso lugar.


"Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas do­res levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" (Is 53.4-6).

(DESCONHECIDO)

COMO SURGIU A EXPRESSÃO POPULAR DOS MINEIROS, UÁI?

Vejam vocês o que é a natureza! Sempre me causou a maior curiosidade a mania dos Mineiros em falar a torto e a direito a engraçadíssima expressão UÁI! Nos idos de 1961 fiz uma viagem pelo Triângulo Mineiro, a começar por uma cidade chamada Santa Juliana, depois Perdizes, Araxá, Uberaba... e era só o que eu ouvia. Agora, me chega finalmente a explicação, bastante convincente, por sinal. É que uma das minhas 4 leitoras, a Márcia Barcellos que vem a ser minha prima, (família que lê blog unida...), mineira das boas de Juiz de Fora que me enviou recorte de jornal deveras ilustrativo.

"Segundo a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que a incentivou a lhe pesquisar a origem”. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação.

Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é? E os de fora respondiam: UAI - as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.

Conjurada à revolta sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. “Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário”.

FONTE: Jornal Correio Brasiliense

JESUS, VERDADEIRO DEUS, VERDADEIRO HOMEM


Segundo historiadores, pesquisadores, doutores, mestres, filósofos, matemáticos e tantos outros homens e mulheres de eminência, ninguém se iguala a Jesus, para muitos Jesus foi o maior homem que pisou no planeta Terra [quanto a isso não tenho dúvidas], sua vida, sua morte, seus ensinamentos, seus gestos, suas palavras, suas atitudes, sua sabedoria, sua humildade, suas respostas, tudo absolutamente tudo, são inigualáveis.

A história de Jesus é narrada de forma sucinta no Novo Testamento. Ainda hoje, em pleno século 21 exclama-se como no século I: ‘Que homem é este?’ num misto de dúvida e empolgação.

Quando pensares em humildade, simplicidade, mansidão, sobriedade, pense em Jesus. Sua vida, ensinamentos e morte, são estudados nos quatro cantos do mundo.  

Cada escritor inspirado pelo Espírito Santo do Deus Santo revela-nos Jesus de uma forma singular:

Mateus o ensinador escreve para leitores judeus mostrando Jesus como o Rei prometido; entendemos através da leitura de seu livro que Jesus é o Messias, pois cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Sua ênfase está nas palavras de Jesus.

Marcos o cronista, escreveu aos gentios romanos descrevendo Jesus como o Servo Incansável; focando muito as ações de Jesus e seus milagres.

Lucas o historiados, escreveu a Teófilo que era de origem grega e revelou através dos seus escritos Jesus como o Filho do Homem, Lucas frisou muito a humanidade de Jesus, deu muita ênfase a humildade de Jesus.

João o teólogo, revelou em seus escritos aos cristãos do mundo inteiro que Jesus é sem dúvida alguma o Filho de Deus e o próprio Deus, João dá muita ênfase aos princípios ensinados por Jesus.

Paulo o doutor, ainda que não tenha escrito um evangelho ele revelou Jesus como a Graça de Deus, demonstrou de tal forma a atuação de Jesus para a mudança do caráter humano que ele mesmo, Paulo usufruiu desta transformação, seu destaque está na abnegação e obediência de Jesus.

Milhares e milhares de livros foram escritos sobre Jesus, nestes últimos anos, e desde que a história do cristianismo propagou-se pelo mundo. Livros estes que muitas vezes vem denegrir a imagem de Jesus e outros distorcendo a verdade negam a existência de um Jesus histórico, mas, independentemente dos escritos seculares, a palavra de Deus tem se mantido incólume diante de todos os ataques. 

Que Deus nos ajude a compreendermos tão grande amor, a obedecermos tão grande ensinamento e praticarmos de forma contínua e eficaz as palavras de Jesus.

Para a mente humana e natural é muito difícil compreender tal afirmação: ‘Jesus é, totalmente Deus e totalmente Homem’. Os cristãos estão certos que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem juntos em uma só matéria [corpo].

Podemos verificar através da sagrada escritura que Jesus demonstrou tamanha grandeza em sua encarnação [não é reencarnação ‘doutrina que diz que a alma sai de um corpo após a morte do mesmo e entra em outro’] que fica evidente isto, Jesus despiu-se de sua glória [Fp. 2. 6, 7] e não de sua natureza divina.

Ário [256 – 336 D.C./ Presbítero da cidade de Alexandria] defendia veemente mente que Jesus é o primeiro ser criado por Deus, segundo seus ensinos heréticos Jesus podia ser chamado de Deus, mas não era Deus, e isso já no século III.

A natureza totalmente divina de Jesus está implícita, explicita e permeia toda a sua história, tenha sido ela narrada nos evangelhos ou não. Quem poderia andar sobre as águas? Multiplicar cinco pães e dois peixinhos, e assim saciar a fome de cinco mil homens [sem levar em conta as mulheres e crianças presentes naquela ocasião ‘Jo. 6’]? Quem poderia dizer ao vento ‘cala-te’ e ao mar ‘aquieta-te’ e eles obedecerem? Só Deus. Diz-nos a bíblia sagrada que Deus colocou limite em tudo que criou ‘a toda perfeição vi limite’ [Sl. 119. 16] se a bíblia descreve que Deus fez isso como poderia um simples mortal fazer também?

É inegável a preeminência de Jesus sobre a natureza, sobre os espíritos imundos, sobre tudo, sobre todos. Leiamos a bíblia e encontraremos narrativas de homens que vivenciaram tudo o que foi feito pelas mãos do Mestre.

A palavra de Jesus curou a muitos, acalmou a tempestade, fez secar a árvore infrutífera, fez viúva conter as lágrimas, os mortos ressuscitarem, entre tantos outros milagres que foram feitos que se fossem escritos não caberia no mundo a quantidade de livros ‘Jo. 21. 25’. Será que sua palavra tem tanto poder como as de Jesus?

Diante do exposto acima [ainda que de maneira lacônica] resta dúvidas sobre a natureza divina de Jesus?  Continuemos...
Antes do nascimento de Jesus, Deus o pai declarou através dos seus arautos que Ele, o próprio Deus viria a terra em forma corpórea, que Deus além de ser conosco seria em nós. É esplendida a idéia de termos um Deus Todo-Poderoso nos guardando, e é muito mais maravilhosa a sua presença em nós e conosco. 

Isaias profetizou 700 anos antes de Jesus nascer e já dizia que Ele era Deus:

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz” [Is. 9. 6].

Tomé exclamou:

“Senhor meu, e Deus meu” [Jo. 20. 28].

João em suas declarações foi mais além, ele utilizou a palavra logos [palavra de origem grega que os judeus utilizavam para referir-se a Deus]. Este termo era muito usado na filosofia de Platão [filosofo grego] e na de Filo [escritor judeu], Filo utilizava esta palavra para designar a sabedoria de Deus, já Platão designava que o logos era a ideia universal absoluta. João diante de seu relacionamento com Jesus declarou: Jesus é o logos, o logos é Deus. Logo entendemos que Jesus é Deus. Para a filosofia grega é inconcebível que a divindade torne-se homem, já para a cultura judaica é blasfêmia dizer que um homem é Deus. Para os gregos o logos não pode ser um homem, para os judeus o homem não pode ser logos, mas Jesus uniu tudo isso em si, sendo Ele o Deus–Homem e o Homem–Deus. João sabia dessas tradições e ensinamentos por isso começou o seu livro de forma categórica, quer queira ou não os gregos e judeus, Jesus é logos, Ele é Deus.

“No princípio era o Verbo [logos], e o Verbo [logos] estava com Deus e o Verbo [logos] era Deus. Ele estava no princípio com Deus’ [Jo. 1. 1, 2].

Neste verso João revela:

Jesus e sua existência antes da criação: “No princípio era o Verbo”  [Gn. 1. 1/ IJo. 1. 1].

O Relacionamento entre Jesus, o Deus–Filho e Deus–Pai: “o Verbo  estava com Deus” [Jo. 17. 5].

A totalidade da Divindade: “o Verbo  era Deus” [Jo. 10. 30]. É bom frisarmos, que a palavra ‘um’ usada por Jesus, em sua forma, no grego ela é neutra, em vez de masculina; preservando assim a distinção entre Jesus e o Pai.   

“Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido” [Jo. 1. 18] 2.

“O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida [porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada], o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos...”  [IJo. 1. 1 – 3].


Paulo escreveu e afirmou copiosamente aos seus leitores:

“Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” [Fp. 2. 6].

“O qual é a imagem do Deus invisível”  [Cl. 1. 15].

“Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” [Cl. 2. 9].

Na carta aos Hebreus, revelado está:

“O qual, sendo o resplendor da sua gloria, e a expressa imagem da sua pessoa”  [Hb. 1. 3]

De maneira concisa prova-se através destes textos que Jesus é o Deus–Homem e o Homem–Deus.

Jesus como Deus fez com que a viúva da cidade de Naim parasse de chorar [Lc. 7. 13], como Homem Ele chorou [Jo. 11. 35]; sendo Deus, Ele é a fonte de Água Viva [Jo. 7. 37], sendo Homem, teve sede [Jo. 4. 7]; sendo Deus, declarou que trabalhava incansavelmente como o Deus Pai desde o princípio trabalha [Jo. 5. 17], sendo Homem cansou-se [Jo. 4. 6].

Para muitos é mais aceitável saber e dizer que Jesus foi um homem como todos nós, mas muito difícil aceitar que Ele era Deus. Muitos dizem que Ele foi um simples carpinteiro, outros que Ele foi um perturbador da ordem pública, outros um profeta qualquer, outros um grande homem, mas para você, quem foi Jesus? Quer você queira ou não, Ele é Deus.

Muitos dizem que Jesus era Deus e não homem, que Ele não tinha corpo como o nosso, e esta concepção foi aflorada no meio da Igreja primitiva e muito bem combatida por João na sua primeira carta:

“Amados, não creiais em todos os espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se tem levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo” [IJo. 4. 1 – 3].

A bíblia narra provas incontestáveis da matéria [corpo] de Jesus.

  “... as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” [IJo. 1. 1 – 3].

O próprio Jesus através da revelação do Espírito Santo ao escritor aos Hebreus fala:

“Corpo me preparas–te” [Hb. 10. 5]

Paulo ratificando a natureza humana:

“Acerca de Seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” [A palavra carne do original grego é soma, que traduzido é: ‘corpo–humano’] [Rm. 1. 4]. 

“E, achado na forma de homem” [Fp. 2.8].

É fato, Jesus teve um corpo como temos, mas não como o nosso, atente para as palavras de Paulo:

“O primeiro homem, da terra, é terreno; e o segundo homem, o Senhor, é do céu” [ICo. 15.  47].
Paulo esta discursando acerca das diferenças entre Adão e Jesus [o que ele, Paulo, chama de segundo Adão]. Paulo faz esta comparação entre o 1ª Adão [Adão] e o 2º Adão [Jesus], pois Adão foi criado no éden pelas mãos do próprio Deus, só que do pó da terra, já Jesus [o 2º Adão] foi criado pelo próprio Deus, mas não do pó da terra. Quando adão foi criado a terra estava em comunhão com Deus, mas quando Jesus veio a terra ela estava corrompida, assim sendo o escritor aos Hebreus declara que o corpo de Jesus foi formado pelo próprio Deus ‘Corpo me preparas–te’ [Hb. 10. 5].
Afirmamos que Jesus realmente era homem como somos, mas no seu corpo habitava o DNA divino, a estrutura era como a nossa; mas a essência é advinda de Deus. Haja vista a declaração do próprio Jesus:

“Porque já se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim” [Jo. 14. 30]. 

Esta citação de Jesus faz menção ao seu corpo tanto físico como a sua vida terrena mortal, Ele não utilizou nenhuma palavras com relação à carne [Sarx ou Soma, ambas de origem grega, Sax – vida terrena mortal/ Soma, corpo-físico], nos dando a entender que falava da totalidade do seu ser.

Segundo o apostolo Paulo na sua carne dele [vida terrena mortal – Sarx] não habitava bem algum:

“Mas sou carnal, vendido sob o pecado... Na minha carne [Sarx], não habita bem algum” [Rm. 7. 14, 18].

Davi testificou:

“Eis que em iniqüidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe” [Sl. 51. 5].

Sendo Jesus a própria revelação encarnada, que depois veio a ser escrita, era Ele sabedor e conhecedor das declarações acima citada [haja vista ser ele o autor das sagradas escrituras e o autor da vida, a própria vida], Ele deixa bem claro que, embora haja o pecado de Adão corrompido a imagem de Deus no homem, nEle [Jesus] a imagem de Deus permanecia intacta [“a expressa imagem da sua pessoa” [Hb. 1. 3]/  “nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” [Cl. 2. 9]].

O nascimento de Jesus se deu de forma natural, ou seja, por parto virginal, mas a concepção deste foi milagrosa, por obra e graça do Espírito Santo de Deus. Parto natural, concepção sobrenatural.

Varias filosofias surgiram tentando destruir a dupla natureza de Jesus [os gnósticos3 [Palavra de origem grega ‘gnosis’ e significa conhecimento] negava o corpo humano de Cristo; os agnósticos3 [a – ‘não’ e gnosis – ‘conhecimento’] negavam a existência de Jesus e de Deus; os Nestorianos3 ensinavam que dentro de Jesus havia distintas de si mesmas a natureza humana e a natureza divina; já os Eutiquistas3 afirmavam que Jesus só tinha a natureza humana] e muitas viram, mas é inegável a natureza Divino–Humana do nosso senhor Jesus Cristo. Se você pensa em negar a natureza que estava no corpo de Jesus, fica a advertência do apostolo João:

“todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo...” [IJo. 3. 3].

         Não acredito que tenha um só crente da Assembleia de Deus que tenha dúvidas sobre Jesus ser filho de Deus. A bíblia é enfática e mostra que ao mesmo tempo em que Jesus é Filho, Ele é Deus, isso às vezes é mal entendido, mas independente de bem ou mal entendido Ele é o Deus–Filho, uma pessoa distinta da santíssima trindade.

Termos bíblicos para designar Jesus como o Eterno Deus–Filho:
Primogênito: O texto de [Cl. 1.15], intitula Jesus de “primogênito”, dando a idéia, segundo Ário, de que ele foi à primeira criatura que Deus fez. A palavra primogênito, do grego prototokos, tem dois significados básicos: 1) prioridade temporal, o primeiro filho, por exemplo; 2) soberania ou importância de posição. No [Sl. 89. 27] Davi é chamado de primogênito, por sua posição de Rei. Sabemos que Davi não era o primeiro filho de seu pai, pelo contrário era o caçula. Jesus como primogênito deve ser entendido no sentido de importância de posição. Jesus como Deus estar presente desde a criação até o presente momento, tem o direito da primogenitura sobre toda criação.

Unigênito: No texto de [Jo. 1.14], Jesus é chamado de “unigênito”, tradução do termo “grego monogeneses”. O termo monogenese significa literalmente “o único do seu tipo” e não o “único gerado”. Monogeneses vem de mono [único] e geneses que deriva de genos, que significa tipo ou espécie. Genes não deriva de gennao, este termo sim, significa gerar. O termo “unigênito” não traz a idéia de que Jesus foi criado, mas sim que Jesus é o único de sua classe.

Na LXX este termo é usado para traduzir o hebraico yahîd. No AT em [Jz. 11. 34] para referir-se a filha única de Jefté, e em [Gn. 22.2] é usado para Isaque. O termo em [Gn. 22. 2] não têm apenas o sentido de único, pois Abraão também tinha outro filho. O sentido aí de yahid é amada, querido. No AT grego, o termo yahid de [Gn. 22. 2] é traduzido por agapetos [amado] O termo unigênito tem o sentido de especial e amado, além de gerado.

         É bom lembrar também que em [Jo. 1. 18] é claramente usado o termo ‘único Deus gerado’, ‘monogenes theos’. A divindade do Filho de Deus é claramente afirmada, mostrando, portanto, que Ele não é uma criatura. Apesar de algumas traduções não trazerem ‘único Deus gerado’, esta tradução deve ser preferida, ela encontra-se nos três NT grego críticos existentes hoje em dia.

Principio da Criação: O texto de [Ap. 3.14], onde mais uma vez Cristo é chamado de ‘princípio da criação’. O autor do Apocalipse considerava Jesus como uma criatura que teve um princípio? O termo grego é arche. Em outras passagens do Apocalipse, Jesus é chamado claramente de eterno como Deus [1. 18, 2. 8]. E no Apocalipse, Jesus é inclusive adorado [5. 13, 19. 10]. Portanto o primogênito de [Ap. 3.14] deve ser lido no sentido do principal. O objetivo do termo é destacar Cristo como o agente da criação. O sentido é de que Jesus é “que é a origem de tudo que Deus criou”. Em [Ap. 22. 13] também aparece o termo “princípio” tendo o sentido de eternidade também, sou o princípio e o fim.