Obreiro, servo de Deus, você já deve ter ouvido, ou dito, a frase: “Sou grato a quem me deu uma oportunidade no ministério”. E isso é justo. A ingratidão é pecado diante de Deus, pois “em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Tessalonicenses 5:18). A gratidão revela caráter, honra, humildade e maturidade espiritual.
Mas atenção: gratidão não é prisão.
Quantos estão se anulando, se calando, suportando opressão, sendo sufocados espiritualmente e emocionalmente, em nome de uma gratidão que já passou do ponto e passou a ferir a dignidade.
Obreiro, quem te chamou foi Deus! Quem te deu dons foi o Espírito Santo! A igreja ou liderança que te acolheu foi usada por Deus, sim. Mas não tome o instrumento por fonte. Deus usa pessoas, mas é Ele quem sustenta o teu chamado.
Quando a gratidão te impede de crescer, de ser frutífero, de obedecer ao que Deus está te direcionando, ela deixa de ser virtude e se torna prisão emocional, medo disfarçado ou até idolatria.
Lembre-se: até Jesus precisou sair de lugares onde não era bem-vindo. E Paulo, por vezes, foi rejeitado por aqueles a quem ele mais serviu.
Ser grato não é se submeter a estruturas que limitam o propósito de Deus na sua vida.
Crescer também é honra. Frutificar também é respeito. Romper em obediência também é fidelidade.
A gratidão madura reconhece o que passou, mas não impede o que Deus está fazendo agora. O mesmo Deus que te levantou lá atrás é o que continua te conduzindo hoje.
Seja grato, mas avance. Seja leal, mas não se anule. Seja servo, mas não escravo de estruturas humanas.
Gratidão sim. Estagnação, não. Porque “o justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano” (Salmo 92:12).
Nenhum comentário:
Postar um comentário