terça-feira, 22 de novembro de 2016

AFLIÇÕES

"Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas. (Salmos 34:19)"

Aqueles que amam as sagradas escrituras sabem que ela está cheia de exemplos de homens e mulheres que passaram por muitas dificuldades e isso não é diferente nos dias atuais, exemplos de vida sofrida como o de Jó, Jeremias, José, Paulo e tantos outros são exemplos para perseverarmos e jamais desistir!

A bíblia ainda faz uma revelação acerca destes “sofredores”: E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. (Hebreus 11:32-38) 

O sofrimento faz parte da formação do homem, embora as coisas boas sejam desejáveis a todos, as aflições são necessárias, as aflições nos ensinam “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Salmos 119:71), as aflições nos aproximam de Deus (Salmos 73); é possível compartilhar muitas coisas, mas o sofrimento em alguns momentos é algo exclusivo, individual, quem sabe porque sofre, sabe mais.

Deus em sua soberania escolheu Israel em sua aflição Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição. ” (Isaías 48:10) e escolher também é sofrer, Paulo tinha muita experiência com o sofrimento, ele sabia que “Em tudo somos atribulados” (2 Coríntios 4:8), ele tinha uma longa lista de aflições (2 Coríntios 11:16-30) mas essas aflições não se compara com o que virá “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Romanos 8:18) além do que ele recomendava que fôssemos recomendáveis em tudo, até no sofrimento “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias” (2 Coríntios 6:4), pois ele entendia que o sofrimento faz parte da vida do justo e fiel servo de Deus, vejo o que diz a Timóteo “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo” (2 Timóteo 2:3), pois todos somos participantes das aflições de Cristo “pois a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele” (Filipenses 1:29).

Jeremias chorava de tanto sofrimento e declarou algo atualíssimo “Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. ” (Lamentações 3:27). Os sofrimentos relatados na Bíblia devem ser tomado por exemplos “Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. ” (Tiago 5:10); ninguém deseja sofrer, mas faz parte! O bom é saber que “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". (João 16:33).

Para os que estão em Cristo...

- Gustavo Clemente

FALTA POUCO

"Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará.” (Hebreus 11:37)

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo, chronos e kairós; enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou sequencial o tempo que se mede, esse último é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece, a experiência do momento oportuno.

Podemos afirmar que, Kairós descreve a forma qualitativa do tempo, o "tempo de Deus", enquanto Chronos é de natureza quantitativa, o "tempo dos homens"; Chronos é medido em anos, dias, horas e suas divisões, estações e etc. enquanto o Kairós não pode ser medido, pois "para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia" e Ele existe de eternidade a eternidade.

Certa feita um homem perguntou para Deus o que era para ele um milhão, o que Deus lhe respondeu que era com um centavo, logo o homem perguntou para Deus o que era mil anos para Ele, e Deus lhe respondeu que era como um dia, depois desse breve diálogo, o homem diz: “- Deus, me dê um centavo! ”, Deus responde ao mesmo, “espere um dia! ”

Acredite, você que está esperando em Deus ou de Deus uma resposta, a resposta certa nem sempre é a que queremos, mas sempre será a que precisamos, Deus tem um tempo determinado para todas as coisas (Eclesiastes 3) e no tempo certo, determinado, tudo acontece!

Não desamina, Deus está trabalhando e Ele age no tempo, pois tudo o que é feito fora do tempo, é feito fora da vontade de Deus.

É difícil, é necessário, é fundamental esperar o tempo de Deus, quem não esperou, se complicou! Abraão não esperou Isaque, Saul não esperou Samuel, Moises não esperou a revelação no Sinai, e matou um egípcio no Egito, homens como esses, assim como eu você sujeitos as mesmas paixões deixaram se levar pela pressa e por não agirem somente no CHRONOS, perderam a certo tempo o KAIRÓS!

Espere em Deus! Espere em Deus, pois Ele virá, Ele não tarda, Ele não retém a sua promessa, Ele não falha,

Ele não se atrasa, Ele não se adianta, Ele e Fiel e no tempo determinado, tudo se fará, tudo acontecerá!

Espere um pouco mais! Deus não se esquece, Deus não abandona o que é fiel.

“O meu amado falou e me disse: Levante-se, minha querida, minha bela, e venha comigo. Veja! O inverno (Chronos) passou; as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo (Kairós) de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos. (Cantares 2:10-12).

“Então Jesus lhes disse: "Para mim ainda não chegou o tempo (Kairós) certo; para vocês qualquer tempo (Chronos) é certo. (João 7:6)

- Gustavo Clemente

sábado, 19 de novembro de 2016

BOAS OBRAS

"...aprenda a aplicar-se às boas obras, nas coisas necessárias, para que não sejais infrutuosos"
Paulo a Tito (3:14)

Há inúmeros conselhos bíblicos para nosso viver, eles têm um tripé inegociável, a saber, a salvação, a santificação e a edificação.

Falando aos seus servos Deus usa de sua multiforme sabedoria, mas que envolve sempre salvar, santificar e edificar, e quem assim aprende, vive uma vida justa, sóbria e piedosa aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento de Deus e nosso Senhor Jesus.

Dedicar-se as boas obras, atender e exercer as coisas necessárias, é entender e atender o que disse João:

"Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mateus  3:8)

Assim "Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem." (1 Pedro 3:12)

- Gustavo Clemente

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

NÃO OS TIRES DO MUNDO


Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (João 17:15)
O capitulo 17, escrito por João, é uma transcrição da sublime oração do Mestre dos mestres, Reis dos reis, Senhor dos senhores, Jesus Cristo! Ele não via a oração como um recurso nas horas mais difíceis, nas horas incertas, mas sim o meio pelo qual Ele mostrava ao mundo e a todos os que o rodeavam que orando, estamos mais perto de Deus!
Os 26 versículos mostram um amor inesgotável, sacrificial e imensurável por todo aquele que esteve e estava e estão sob o julgo do pecado! Cada frase nesse capitulo, assim como em todos os outros demonstra um cuidado sublime do Criador Bendito pela criatura, e dentre tantas frases, que destacar o que está entendido “não os tires do mundo, os livre do mal”.
Muitos incompreendidos e muitos que não compreenderam as verdades sagradas distorcem cada frase bíblica tentando justificar seus achismos, mas a Palavra de Deus é bem clara, “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. (Tiago 1:5)”, Jesus como em tudo o que fez, foi perfeito! E deixou-nos um legado antes jamais visto e depois dEle, imitado! Essa frase de Cristo, mostra-nos muitas coisas, mas tantas coisas, que para não ser liberalista e também não aniquilar o legalismo que muitos exercem, preciso destacar dois textos bíblicos:
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. (1 Coríntios 10:23)”.
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. (1 Coríntios 6:12)”.
Embora estejamos no mundo, não somos dele “Não são do mundo, como eu do mundo não sou. (João 17:16)” e estado nele não devemos o amar “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. (1 João 2:15)”, “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1 João 2:16)”, tudo isso porque “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1 João 5:19), mas depois de tudo isso, como encaramos a declaração de Jesus, parafraseando “não os tires do mundo, os livre do mal”?
Consideremos, o mundo foi criado por Deus e ao termino de sua criação “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom... (Genesis 1.31)”, considerando também que “Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim. (Eclesiastes 3:11)” é preciso deixar bem claro que o enquanto estamos no mundo, precisamos usufruir dele, pois Deus o fez para nós!
Como filhos e servos de Deus temos pleno direito de usufruir desse mundo, “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem. (1 Coríntios 14:40)”, sem se  esquecer de que não podemos nos embaraçar com os negócios dessa vida (2 Timóteo 2:4) e nem nos deixar dominar por nada, quer licito e principalmente ilícito (1 Coríntios 6:12); muitos por ignorar as verdades Sagradas ou por serem (até mesmo sem saber) legalistas (aquele que cria princípios éticos, com base em escolhas, experiências, vontades e desejos pessoas, “iluminados” pelo entendimento, seu entendimento do que é certo e do que é errado, com a mínima ou nenhuma fundamentação na palavra de Deus) escandalizam-se por e com tudo, privando a nossa liberdade “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. (Gálatas 5:13)”.
Entendemos então que, não somos do mundo, fomos chamados à liberdade, não devemos dar ocasião a carne, devemos agir com decência e ordem sabendo que somos Deus e do Senhor é a terra e que o sistema mundano é passageiro e dele nade devemos ter e exercer, mas que, enquanto aqui no mundo (terra), desfrutemos dentro do limite do que é santo, justo, verdadeiro, louvável, edificante e santificador que nos levará a Deus, pois somos de Deus!
- Gustavo Clemente

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

COMO NAUFRAGO

Me sinto um naufrago!

Não me sinto à deriva, sinto-me como que numa ilha, olhando para todos os sentindo, para todos os lados, sem ver sentido algum, sem sentir, sem ouvir, sem definir para onde ir, nem porque razão ficar, se é que há razão nessa minha intenção!

Dúvida cruel! Divida cruel! A vida me impôs limites ou mesmo os criei quando fiz minhas escolhas? E agora como ampliar o lugar de minha tenda? Minha choupana por pouco não se esvai, sendo quem somos, como o vapor ou como a simples flor, brota, desabrocha, que cresce, nem se reproduz e vai ao vento, ao relento, lento; agora, ando ou vago eu perdido como um na multidão em solidão!

Devaneios! A vida que anseio em nada se compara com a vida que vivo, mas que deveria ser um vislumbre da vida do porvir pelo qual julgo lutar, sem se afobar, mas quase sempre a fraquejar!

Solicitude! Licitude! Independentemente do que vivi, o certo e o porvir, devem ser vividos aqui, ali, agora, hoje, esquecendo o que não vivi, mas que deveria em mim existir, já não mais existirá o por vir, se por fim não agir como em fim, devemos todos agir!

Ufa, já não tenho ou não sei mais o que escrever, resta-me viver a vida que me resta, sem ser o resto que fui, que não devia ser, e que não posso ser. Nessa singularidade, serenidade, permissividade, nocividade fui-me, quando deveria ter permanecido para sempre, não sendo quem sou, ou não sendo sempre o mesmo, mas sendo eu mesmo, mas nunca o mesmo!

Conflitante, agoniante, extenuante, exuberante... As palavras, um naufrago...

- Gustavo Clemente