quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O DEUS JUSTO E AMOROSO

Que Deus é amor ninguém duvida, mas muitos destes que não duvidam dessa verdade, ignoram ou simplesmente não aceitam que Deus também é justiça.

Ignorar a justiça de Deus é também ignorar Seu amor, visto que ambos andam juntos; não podemos jamais esquecer que é impossível amar e ignorar alguém ao mesmo tempo.

Essa natureza justa e amorosa de Deus o faz amar justamente e julgar amorosamente, essas duas ações dEle em nada se contradizem, logo a justiça dEle é uma declaração de amor, assim como o amor dEle é uma justa declaração.

Todas, sem exceção, todas as Suas ações são baseadas no amor e justiça, mesmo em Sua ira, o amor atua, assim como O seu amar produz a justiça.

Confia-se tanto no amor de Deus, mas Sua justiça é somente um advento futuro para os que ignoram seu amor, o que na verdade torna-se um erro perigoso. Não estar consciente de que a justiça de Deus opera tanto quanto seu amor é negar toda Sua obra, é negar o próprio Deus.

De fato o amor é o ideal da poesia, a busca incessante dos enamorados, a dúvida quase que constante dos casados e certeza dos que se sentem amados.

Em alguns casos a justiça é vista como um ideal punitivo entendendo-se que justiça é um ato condenador, é terror para os corruptos, ladrões e pecadores incontinentes, e nessa visão deturpada ou mal formada negam a eficácia dela e a atribuem a Deus quando da ação da justiça punitiva, uma mea-culpa pelo erro.

A justiça de Deus é tríplice, ela age preventivamente, corretivamente e punitivamente; em todos os casos, Ele age por amor e não por vingança, ira, mas não esquecendo que as ações que Ele nos concedeu são resultados da forma de correspondência do nosso amor em resposta ao Seu amor.

Enfim, o amor justiceiro e a justiça amorosa estão unidos na cruz, donde provém a revelação máxima da justiça e amor de Deus que entregou seu filho, Jesus por nosso amor e para justiça nossa, justificando assim quem nem amor merecia, logo somos abençoados, mesmo sem entender e merecer e, fica evidente que O amor morreu por amor para que a justiça fosse feita.

O amor morreu justamente por nos amar, justificando assim esse amor, que não se explica e Essa justiça e Amor que não se alcançam por méritos, mas por Graça do Deus de toda a Graça.